segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

306-Adoção e abandono de cães

Cachorro é um animal, um ser vivo muito estimado, não um objeto descartável. 

Segundo notícias de jornais, o trimestre dezembro a fevereiro é o período que registra o maior número de abandono de cães, por causa das viagens de férias. Os canis municipais já estão funcionando com quase o dobro da capacidade de lotação, e, por isso, é nítida a percepção do crescimento de animais abandonados nas ruas. Cuidar de cachorro não se restringe apenas a dar alimento diariamente e banho uma vez por semana. Exige-se muito mais. Além do necessário carinho diário, as preocupações com a sua saúde - controle de vacinas, banho e tosa, ração adequada, entre outras necessidades básicas - não deveriam ser esquecidas. Na realidade, é como cuidar do próprio filho, proporcionando um tratamento digno. Nos primeiros dias de nascimento, então, as exigências são muito maiores para que o filhote possa crescer saudavelmente. Quem decide adotar um cão deveria estar ciente de que estaria assumindo um compromisso de tratar dele até o final da vida, que dura em média 15 anos, da mesma forma quando se tem um filho, ainda que não o tenha. Entretanto, há casos e casos: “Ninguém é obrigado a conviver com um animal, se o mesmo não se adequar ao que você pode dar ou suportar dele. Então, é uma questão de humanidade procurar outro lar para ele, e não abandona-lo à própria sorte”; "Nunca adote ou compre um cão movido apenas pelo impulso, pois as consequências poderão ser desagradáveis". Um animal adotado - ou comprado - não poderia ser considerado um brinquedinho, muito menos um objeto descartável. É necessário antes de tudo estar ciente de que existem custos financeiros e alguns sacrifícios ao dono para a perfeita convivência com o animal. De um modo geral, as pessoas adotam animais sem o devido conhecimento para tratá-los com dignidade. Adotar um animal de estimação apenas para distrair uma criança ou satisfazer seus próprios desejos e mais tarde desampará-lo, é cometer um grave crime. Geralmente, o abandono acontece justamente no momento em que o cão mais necessita do dono: na doença ou na velhice. Será que alguém seria capaz de abandonar o próprio filho, justo no momento em que ele estiver doente?  

Celso Pereira Lara 

Cão sendo abandonado. Clique aqui para assistir.


    

domingo, 8 de dezembro de 2013

304-Aposentadoria injusta

As injustiças praticadas contra os trabalhadores parecem não ter fim

A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados, como aposentadoria por tempo de contribuição. Entretanto, os governos federais adquiriram uma grande capacidade inventiva nos últimos 19 anos! A cada mandato, alegam que os recursos financeiros da Previdência não são suficientes para atender às aposentadorias, e por conta disso criaram mecanismos de usurpação dos direitos dos trabalhadores. Primeiramente, ocorreu no governo do PSDB; em seguida, justo no governo do Partido dos Trabalhadores. Haveria, mesmo, o famoso rombo nas contas da Previdência, causado pelas aposentadorias? Não seria, por acaso, má gestão dos recursos? Os dados do IBGE revelam um pequeno crescimento da taxa que mede a esperança de vida ao nascer no Brasil. É com base nesses dados que o Ministério da Previdência Social (MPS) determina o fator previdenciário para o cálculo das aposentadorias. Ao aumentar a expectativa de vida, menor é o valor do benefício, pois maior é o desconto do fator previdenciário. Assim, o aposentado é penalizado de várias formas: ao se aposentar pelos grandes redutores de salário e ao longo de sua vida, pois em poucos anos o valor recebido inicialmente chega a ser reduzido à metade, considerando que ao governo não interessa fazer as atualizações monetárias. Esses cálculos perversos não deveriam acontecer, porque no momento da aposentadoria, devido à idade avançada, o cidadão passa a depender muito mais do seu reduzido salário para sobreviver. Para complicar, os serviços médicos públicos não são suficientes para atender à população, por isso, os aposentados se veem obrigados a recorrer a planos de saúde particulares que consomem grande parte de seus salários, além das despesas com remédios. Por conta dessa barbaridade matemática, surgiram milhares de planos previdenciários, com ofertas mirabolantes, como se fossem a redenção dos injustiçados trabalhadores, que no final das contas saem perdendo dinheiro, novamente. Melhor seria que efetuassem depósitos em cadernetas de poupança, que também tiveram os seus rendimentos minimizados pelas novas regras, em junho de 2012. Na realidade, não há para onde correr, pois o trabalhador, que deveria se aposentar com dignidade, está condenado a sofrer pelo próprio governo.  Interessante notar que a reforma da Previdência, em que foi criado o fator previdenciário e outras distorções, foi aprovada mediante compra de votos dos parlamentares, conforme ficou comprovado no julgamento do mensalão. Ao admitir que houve compra de votos, fica caracterizado que o processo teve um vício formal. A anulação da reforma da previdência é, portanto, uma consequência lógica da condenação dos réus. Negar a anulação da reforma da Previdência seria corroborar os argumentos da defesa, de que se tratou de um julgamento político. Nessa linha de entendimento, sindicatos e associações de servidores públicos federais já estão questionando a validade da reforma. Mas, afinal, para que serve a Previdência Social? O cálculo para os benefícios é bem rígido, mas a gerência dos recursos da Previdência nem tanto! Em nome das estatísticas, massacram-se os aposentados, friamente. 

Celso Pereira Lara

domingo, 1 de dezembro de 2013

301-A democracia petista

Democracia não condiz com governos tirânicos

"Na história deste país, se a juventude lesse a biografia de Getúlio Vargas, de Juscelino Kubitschek e outras biografias, provavelmente não iriam desprezar a política, e muito menos a imprensa ia avacalhar a política como avacalha hoje. Não há nenhum momento da história, em nenhum lugar do mundo, que a negação da política tenha trazido algo melhor do que a política. O que aparece sempre quando se nega a política é um grupo praticando, na verdade, a ditadura”, disse Lula em seu discurso, ao elogiar Sarney, em final de outubro, segundo a Agência Brasil. Até aqui, nada de novo no front. Não é de causar nenhum espanto, porque todos já o conhecem muito bem pela fama de apedeuta e as frases de efeito são sempre as mesmas. O ex-presidente teve, contudo, a petulância de dizer que a imprensa brasileira atenta contra a democracia, ao avacalhar a política. Mas, afinal, que política é essa do governo petista, tão envolvida em escândalos e falcatruas, e tão avacalhada pela mídia? Ser democrático, para Lula, é permitir assaltos aos cofres públicos e tentar passar despercebido; é maquiar as contas públicas, na contabilidade criativa, para que no final do ano o Superávit seja bem visto pelo FMI, fato este que logo foi descoberto e a credibilidade do país foi reduzida pelos investidores estrangeiros. Avacalhar a política é chegar ao total de 39 ministérios; é compor a base governista com 22 partidos; é comprar votos de parlamentares no Congresso; é importar médicos cubanos, contrariando as leis trabalhistas do Brasil, com o objetivo de socorrer financeiramente a Cuba. Avacalhar a política é fazer propaganda do governo, em campanha eleitoral, a dois anos das eleições presidenciais, nos palanques dos candidatos petistas à Prefeitura; é um Chefe da Casa Civil ser condenado à prisão, qualificado como Chefe do esquema no processo do mensalão. E, no momento em que os petistas iam para o xadrez, saudaram os companheiros com os punhos esquerdos erguidos e cerrados, num gestual antigo da Internacional Socialista, organização mundial que luta pelas causas da esquerda na direção do comunismo. Ao mesmo tempo, diziam-se vítimas de um julgamento político pelo STF, apesar de ser um Tribunal quase totalmente aparelhado, com sete juízes indicados pelo Ex-presidente e pela atual. Por acaso, aparelhar o STF não seria uma avacalhação da pior espécie com a instituição que tem a função de servir como guardião da Constituição Federal, e assim garantir a democracia? Avacalhar a política é um ex-presidente dizer aos companheiros mensaleiros presos na Papuda: “estamos juntos”. Que moral teria qualquer fanático pelo PT para dizer que a imprensa avacalha a política, quando até o Ex-presidente da República Petista está envolvido em ação de improbidade, movida pela Procuradoria e ainda em andamento? Avacalhar, mesmo, em nome do poder, é fazer alianças espúrias com políticos condenados por corrupção - um procurado pela Interpol;  outro,  por cassação de mandato (processo de  impeachment) -, confirmando assim que o partido governista está corrompido até a alma. Avacalhar a democracia é ter criado o Foro de São Paulo, juntamente com Fidel Castro, e ter participado de todas as reuniões, até hoje, com o objetivo de implantar o comunismo nos países da América Latina. Avacalhar a política é a Câmara dos Deputados não cassar os mandatos dos políticos condenados à prisão pelo STF. Comprovadamente, no Brasil, a democracia só serve como vitrine para esconder os verdadeiros interesses escusos dos petistas. Diante desses mega-atentados à democracia, será que o povo brasileiro ainda não percebeu que a imprensa tem se esforçado para acabar com o direito democrático de os governantes se locupletarem à vontade? Pelo que se sabe, o termo democracia se refere a um regime de governo em que os cidadãos, por meio de representantes eleitos, tomam decisões importantes em benefício de todos.  Entretanto, o pai do PT parece ter uma visão deturpada acerca deste conceito. Tornaram-se públicas, por exemplo, em novembro, as condenações de prisão dos mensaleiros e as prisões preventivas de três fiscais suspeitos de corrupção na Prefeitura de São Paulo. “Nunca antes na história deste país se prendeu tanto”. Agora, é o PT na Papuda! Dessa forma, não cabe à imprensa a responsabilidade pela formação de uma imagem negativa do poder público. No exercício de suas funções e fazendo uso da liberdade de expressão, os meios de comunicação cumprem o seu papel fundamental: o de levar informação aos cidadãos. Afinal, todos têm o direito de tomar conhecimento do que se passa nas entranhas do poder, dos procedimentos de seus governantes e da forma como administram os recursos públicos. Os cidadãos são os fiscais das contas públicas, porque são, além de tudo, contribuintes dos maiores impostos do mundo. Interessante é que no governo do PT foram muitas as tentativas de enfraquecer para calar os meios de comunicação, porém, todas sem sucesso. A imprensa, por exemplo, é uma área em que o aparelhamento não acontece plenamente, porque os poucos jornais e revistas que ainda oferecem resistência são muito fortes e jamais se deixarão dominar pelas ideologias petistas. Na Argentina, a Corte Suprema de Justiça declarou, em outubro, a constitucionalidade de quatro artigos da Lei de Mídia, medida que limita a atuação das empresas de comunicação em todo o país e implementa uma fiscalização do funcionamento dos canais de TV e estações de rádio. Vitória, portanto, da presidente Cristina Kirchner, que aos poucos vai impondo a sua tirania, de acordo com as suas convicções. Se Lula conseguisse, ao menos, esse feito, já estaria meio caminho andado, porque, na realidade, o que ele desejaria mesmo é o domínio total sobre a forma de jornalismo e a sua divulgação. Apesar da evidente deterioração na política brasileira e dos desvios de rumo da democracia, o governo petista, totalmente sem pudor, possivelmente seria reeleito em 2014. Na Argentina, a democracia segue à moda Cristina; no Brasil, a democracia segue à moda Lula. Então, cada país tem a democracia avacalhada que merece! 

Celso Pereira Lara