É inacreditável constatar que a China
tenha conquistado fatia do mercado de automóveis no Brasil.
Durante os anos 90, as lojinhas de 1,99
marcaram o início da invasão chinesa no Brasil, no cenário econômico. Com a
estabilização da moeda, causada pelo advento do Plano Real, em 1994, a
hiperinflação no Brasil teve os seus dias contados, e a previsibilidade
econômica, por longo período, foi muito bem-vinda. Daí a crescente importação
de produtos de baixo custo de países asiáticos.
Na outra ponta do mundo, a China ultrapassou
suas fronteiras, exportando itens primários e manufaturas a preços considerados
ridículos, de tão baratos que chegavam ao outro país. E o importador brasileiro
não poderia perder essa oportunidade de abrir a sua loja e faturar bastante,
enquanto novidade.
Atualmente – e bem diferente das
quinquilharias de 1,99 –, brasileiros têm importado os famosos veículos, os
quais já vêm equipados com alta tecnologia eletrônica, e é sabido que nessa
área os chineses são doutores. Tanto é que as principais montadoras de carros
do mundo estão levando a produção de veículos para o gigante asiático, para
tentar reverter a perda de mercado. A parceria é inevitável.
O ceticismo generalizado em relação ao “made
in China” mudou completamente com a chegada dos carros eletrificados. A mudança
de percepção é nítida com a invasão de veículos híbridos e puramente elétricos,
ocorrida em 2023.
Os totalmente elétricos ainda têm enfrentado
alguma resistência por parte dos compradores, devido ao fato de que nem sempre se
tem disponibilidade de fonte de carregamento de energia, seja em sua casa ou
apartamento. Além do fato de que esses veículos ainda enfrentam dificuldades de
abastecimento nas estradas. Os ajustes vão sendo feitos com o passar do tempo.
Os híbridos combinam um motor a combustão com
um motor elétrico para operar de forma mais eficiente, sendo que podem
trabalhar juntos ou separadamente. Há diversos modelos de carros híbridos para
atender a diversos públicos, e os principais são:
O híbrido leve (MHEV), que possui um pequeno
motor elétrico para auxiliar o motor a combustão, em partidas, acelerações e
frenagens. Mas não consegue rodar no modo elétrico, nem recarrega na tomada.
Somente pelo próprio motor a combustão.
O híbrido pleno (HEV), que permite alternar
os motores ou combiná-los para maior eficiência. Pode rodar no elétrico para
pequenas distâncias e não recarrega na tomada. Somente pelo próprio motor a
combustão.
O híbrido plugin (PHEV), com baterias maiores
para carregamentos em tomada. No modo elétrico, percorre distâncias maiores, e
quando a bateria acaba, o veículo passa a funcionar como se fosse um híbrido
pleno (HEV).
Celso
Pereira Lara
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