terça-feira, 4 de novembro de 2025

681-Veículos elétricos e híbridos


É inacreditável constatar que a China tenha conquistado fatia do mercado de automóveis no Brasil.

Durante os anos 90, as lojinhas de 1,99 marcaram o início da invasão chinesa no Brasil, no cenário econômico. Com a estabilização da moeda, causada pelo advento do Plano Real, em 1994, a hiperinflação no Brasil teve os seus dias contados, e a previsibilidade econômica, por longo período, foi muito bem-vinda. Daí a crescente importação de produtos de baixo custo de países asiáticos.

Na outra ponta do mundo, a China ultrapassou suas fronteiras, exportando itens primários e manufaturas a preços considerados ridículos, de tão baratos que chegavam ao outro país. E o importador brasileiro não poderia perder essa oportunidade de abrir a sua loja e faturar bastante, enquanto novidade.

Atualmente – e bem diferente das quinquilharias de 1,99 –, brasileiros têm importado os famosos veículos, os quais já vêm equipados com alta tecnologia eletrônica, e é sabido que nessa área os chineses são doutores. Tanto é que as principais montadoras de carros do mundo estão levando a produção de veículos para o gigante asiático, para tentar reverter a perda de mercado. A parceria é inevitável.

O ceticismo generalizado em relação ao “made in China” mudou completamente com a chegada dos carros eletrificados. A mudança de percepção é nítida com a invasão de veículos híbridos e puramente elétricos, ocorrida em 2023.

Os totalmente elétricos ainda têm enfrentado alguma resistência por parte dos compradores, devido ao fato de que nem sempre se tem disponibilidade de fonte de carregamento de energia, seja em sua casa ou apartamento. Além do fato de que esses veículos ainda enfrentam dificuldades de abastecimento nas estradas. Os ajustes vão sendo feitos com o passar do tempo.

Os híbridos combinam um motor a combustão com um motor elétrico para operar de forma mais eficiente, sendo que podem trabalhar juntos ou separadamente. Há diversos modelos de carros híbridos para atender a diversos públicos, e os principais são:

O híbrido leve (MHEV), que possui um pequeno motor elétrico para auxiliar o motor a combustão, em partidas, acelerações e frenagens. Mas não consegue rodar no modo elétrico, nem recarrega na tomada. Somente pelo próprio motor a combustão.

O híbrido pleno (HEV), que permite alternar os motores ou combiná-los para maior eficiência. Pode rodar no elétrico para pequenas distâncias e não recarrega na tomada. Somente pelo próprio motor a combustão.

O híbrido plugin (PHEV), com baterias maiores para carregamentos em tomada. No modo elétrico, percorre distâncias maiores, e quando a bateria acaba, o veículo passa a funcionar como se fosse um híbrido pleno (HEV).

Celso Pereira Lara