Vitória do governo na Câmara, derrota no Senado, e as traições na base de apoio parlamentar do governo continuam em alta.
A cada projeto a ser aprovado no Congresso, novas
revelações acontecem. Deputados ou senadores que foram eleitos pela sigla do
partido do presidente da República preferem votar a favor de interesses
pessoais, esquecendo-se do povo que os elegeu. Isso vem ocorrendo desde a
primeira votação no Parlamento, a partir do momento em que o novo governo
assumiu o controle do país.
Esse fato, cuja intenção seria desmantelar o governo
Bolsonaro, revela o interesse pela volta dos governos onde predominavam os
malfeitos aos olhos da população. Com o atual governo impedindo as negociatas
indecentes, podemos observar claramente o desespero de senadores e deputados no
momento da votação de projetos que são favoráveis ao fortalecimento do governo.
Os parlamentares não levam em consideração o resultado de
um projeto de governo que visa ao bem do povo e ao crescimento da nação. Isso é
somenos importante! A prioridade, para eles, é mostrar que a oposição é mais
forte e que o presidente depende deles para governar, ainda que isso venha
custar a destruição do país.
As tentativas de desqualificar o ministro da Economia, Paulo
Guedes, vêm acontecendo desde a sua posse, e nenhuma consegue desestimulá-lo de
seus objetivos. Mesmo com a pandemia da Covid-19 – que impedia o funcionamento
de muitos comércios e muitas indústrias –, Guedes soube conduzir o país com competência,
mostrando sinais de recuperação econômica. Nessa crise, o
ministro saiu fortalecido e reconhecido pelas comunidades internacionais, o que
fez com que a oposição ficasse ainda mais desesperada.
O governo pretende congelar os salários do funcionalismo
público até final de 2021, para evitar uma despesa de 130 bilhões – daí surgiu
o veto do presidente –, mas os senadores não querem saber se a derrubada
do veto prejudicaria a governabilidade. Os interesses dos políticos apontam na direção de
sua própria reeleição, ao defender os reajustes salariais do funcionalismo
público. Dane-se o país.
Nesse momento de grande falência do comércio e aumento do
desemprego, os funcionários concursados do governo – com salário e emprego
garantidos – também deveriam dar a sua cota de contribuição, para que o país
possa sair dessa crise agravada pela pandemia. Com o veto do presidente, a
contribuição dos funcionários públicos já está sendo dada. Nesse sentido, é
tempo de os políticos e os ministros do STF reconhecerem que os seus
privilégios e benefícios financeiros vão muito além dos limites do bom senso ou
da realidade brasileira. A cota de sacrifício tem que ser para todos,
principalmente para essas duas classes superprivilegiadas que sugam as tetas do
erário público.
O Presidente da República tem o direito de não concordar
com o conteúdo de determinado projeto de lei aprovado pelas Casas Legislativas
do Congresso Nacional. E, quando a matéria é considerada contrária ao interesse
público, o presidente lança mão do veto, uma prerrogativa ou um instrumento
político de que se pode valer.
A derrota do governo no Senado não foi suficiente para
convencer os deputados. Na Câmara, então, o veto do presidente foi mantido.
Vitória final do governo Bolsonaro.
O que se pôde extrair de bom dessas votações nas duas Casas
é o fato de as traições não pararem de acontecer. São traições praticadas por
parte daqueles que deveriam estar ao lado de Bolsonaro, defendendo suas ideias
e seus projetos políticos, pois foram eleitos no bojo das campanhas pelo PSL.
Os traidores se revelam a cada oportunidade de destruir o governo.
Celso Pereira Lara
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