sábado, 22 de agosto de 2020

564-As traições não param

Vitória do governo na Câmara, derrota no Senado, e as traições na base de apoio parlamentar do governo continuam em alta.

A cada projeto a ser aprovado no Congresso, novas revelações acontecem. Deputados ou senadores que foram eleitos pela sigla do partido do presidente da República preferem votar a favor de interesses pessoais, esquecendo-se do povo que os elegeu. Isso vem ocorrendo desde a primeira votação no Parlamento, a partir do momento em que o novo governo assumiu o controle do país.

Esse fato, cuja intenção seria desmantelar o governo Bolsonaro, revela o interesse pela volta dos governos onde predominavam os malfeitos aos olhos da população. Com o atual governo impedindo as negociatas indecentes, podemos observar claramente o desespero de senadores e deputados no momento da votação de projetos que são favoráveis ao fortalecimento do governo.

Os parlamentares não levam em consideração o resultado de um projeto de governo que visa ao bem do povo e ao crescimento da nação. Isso é somenos importante! A prioridade, para eles, é mostrar que a oposição é mais forte e que o presidente depende deles para governar, ainda que isso venha custar a destruição do país.

As tentativas de desqualificar o ministro da Economia, Paulo Guedes, vêm acontecendo desde a sua posse, e nenhuma consegue desestimulá-lo de seus objetivos. Mesmo com a pandemia da Covid-19 – que impedia o funcionamento de muitos comércios e muitas indústrias –, Guedes soube conduzir o país com competência, mostrando sinais de recuperação econômica. Nessa crise, o ministro saiu fortalecido e reconhecido pelas comunidades internacionais, o que fez com que a oposição ficasse ainda mais desesperada.

O governo pretende congelar os salários do funcionalismo público até final de 2021, para evitar uma despesa de 130 bilhões – daí surgiu o veto do presidente –, mas os senadores não querem saber se a derrubada do veto prejudicaria a governabilidade. Os interesses dos políticos apontam na direção de sua própria reeleição, ao defender os reajustes salariais do funcionalismo público. Dane-se o país. 

Nesse momento de grande falência do comércio e aumento do desemprego, os funcionários concursados do governo – com salário e emprego garantidos – também deveriam dar a sua cota de contribuição, para que o país possa sair dessa crise agravada pela pandemia. Com o veto do presidente, a contribuição dos funcionários públicos já está sendo dada. Nesse sentido, é tempo de os políticos e os ministros do STF reconhecerem que os seus privilégios e benefícios financeiros vão muito além dos limites do bom senso ou da realidade brasileira. A cota de sacrifício tem que ser para todos, principalmente para essas duas classes superprivilegiadas que sugam as tetas do erário público.

O Presidente da República tem o direito de não concordar com o conteúdo de determinado projeto de lei aprovado pelas Casas Legislativas do Congresso Nacional. E, quando a matéria é considerada contrária ao interesse público, o presidente lança mão do veto, uma prerrogativa ou um instrumento político de que se pode valer.

A derrota do governo no Senado não foi suficiente para convencer os deputados. Na Câmara, então, o veto do presidente foi mantido. Vitória final do governo Bolsonaro.

O que se pôde extrair de bom dessas votações nas duas Casas é o fato de as traições não pararem de acontecer. São traições praticadas por parte daqueles que deveriam estar ao lado de Bolsonaro, defendendo suas ideias e seus projetos políticos, pois foram eleitos no bojo das campanhas pelo PSL. Os traidores se revelam a cada oportunidade de destruir o governo.

Celso Pereira Lara


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