domingo, 9 de fevereiro de 2020

551-Parasitas, nem todos

 Um funcionário público pode não se considerar um parasita, mas poderá ser apontado como tal pelo seu comportamento parasitário! É necessário que essa praga seja combatida e erradicada do serviço público!

Ao defender as reformas econômicas que alteram as regras do funcionalismo público, em evento na FGV, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou os servidores públicos a parasitas. Disse ainda que os parasitas continuam se aproveitando de um hospedeiro que já está morrendo, e que a reforma administrativa do momento não vai mexer nos direitos dos servidores atuais. Era só o que faltava!

Sempre foi assim. Quando os órgãos da administração pública percebem que está havendo déficit de funcionários para atender a demanda da sociedade, são abertos concursos com salários e vantagens atrativos, a fim de atrair especialistas do setor privado. Essa é uma das principais causas das altas remunerações.

Podemos dizer que funcionário parasita é aquele que chega tarde e sai cedo, que produz muito pouco ou quase nada, o que de certa forma sobrecarrega um colega do mesmo setor. Há diferentes tipos de parasita, mas todos são sugadores do erário público. Há os parasitas concursados, os eleitos pelo voto, os contratados, os indicados, os fantasmas etc, todos sugando as tetas do Estado. O parasita existe em todos os setores do funcionalismo público: uns mais, outros menos. A máquina pública está inchada, sem dúvida, por culpa da irresponsabilidade dos governos anteriores, e é necessário que haja uma reforma administrativa urgente, principalmente a política e a judiciária.

Lula, em 2016, também deixou-se extravasar, para fazer crítica genérica aos servidores públicos concursados: "Mas a profissão mais honesta é a do político. Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua, encarar o povo, e pedir voto. O concursado não, se forma numa universidade, faz um concurso, e tá com emprego garantido pelo resto da vida. O político não, ele é chamado de ladrão, de tudo, mas ele tá lá, pedindo outra vez o seu emprego”. A comparação feita por Lula, na época, foi uma forçação de barra muito grande em defesa dos políticos e na intenção de buscar apoio dos eleitores. Uma jogada política capenga! O parasitismo também existe no Congresso, o que é mais grave. Por que os parlamentares, representantes do povo, trabalham apenas de terça a quinta-feira, e quantas vezes não se conseguiu quórum mínimo para deliberação em Plenário?

O ministro  está certo ao dizer que no serviço público tem parasitas. A afirmativa está correta, apenas é impossível apontar a quantidade! Todos sabemos dessa realidade, e ninguém melhor do que os servidores que convivem com eles para confirmar. Mas, o problema está na fala do ministro, que gerou uma reação em massa da categoria e dos políticos! Com isso, o ministro passa a enfrentar corporações perigosas e todo cuidado é pouco. Afinal, ele está mexendo em vespeiro! Talvez teria sido melhor se o ministro tivesse chamado de sanguessugas, pois não teria causado tanto furor, já que o Governo é, de fato, o hospedeiro.

Diante dessa celeuma, deputados pretendem convocar o ministro Paulo Guedes para que ele explique a declaração na qual comparou os servidores públicos a parasitas. É que eles classificaram o fato como sendo uma opinião extremamente preconceituosa, uma declaração muito ofensiva, que não contribui com o diálogo.

Enfim, a conta vai chegar, e é por causa desses parasitas que os funcionários públicos em geral vão pagar o pato. A indignação deve-se voltar contra esse pessoal que vem parasitando na administração pública por muitos anos, e que a partir dos governos petistas esse contingente se multiplicou. Foi o aparelhamento em ação. Agora, os que trabalham e honram o emprego e a função que exercem, poderão sofrer as consequências.

Celso Pereira Lara

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