Ao defender as reformas
econômicas que alteram as regras do funcionalismo público, em evento na FGV, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, comparou os servidores públicos a parasitas. Disse
ainda que os parasitas continuam se aproveitando de um hospedeiro que já está
morrendo, e que a reforma administrativa do momento não vai mexer nos direitos
dos servidores atuais. Era só o que faltava!
Sempre foi assim.
Quando os órgãos da administração pública percebem que está havendo déficit de
funcionários para atender a demanda da sociedade, são abertos concursos com
salários e vantagens atrativos, a fim de atrair especialistas do setor privado.
Essa é uma das principais causas das altas remunerações.
Podemos dizer que
funcionário parasita é aquele que chega tarde e sai cedo, que produz muito
pouco ou quase nada, o que de certa forma sobrecarrega um colega do mesmo
setor. Há diferentes tipos de parasita, mas todos são sugadores do erário
público. Há os parasitas concursados, os eleitos pelo voto, os contratados, os
indicados, os fantasmas etc, todos sugando as tetas do Estado. O parasita
existe em todos os setores do funcionalismo público: uns mais, outros menos. A
máquina pública está inchada, sem dúvida, por culpa da irresponsabilidade dos
governos anteriores, e é necessário que haja uma reforma administrativa
urgente, principalmente a política e a judiciária.
Lula, em 2016, também
deixou-se extravasar, para fazer crítica genérica aos servidores públicos
concursados: "Mas a profissão mais honesta é a do político. Porque todo
ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua, encarar o povo, e
pedir voto. O concursado não, se forma numa universidade, faz um concurso, e tá
com emprego garantido pelo resto da vida. O político não, ele é chamado de
ladrão, de tudo, mas ele tá lá, pedindo outra vez o seu emprego”. A comparação
feita por Lula, na época, foi uma forçação de barra muito grande em defesa dos
políticos e na intenção de buscar apoio dos eleitores. Uma jogada política
capenga! O parasitismo também existe no Congresso, o que é mais grave. Por que
os parlamentares, representantes do povo, trabalham apenas de terça a
quinta-feira, e quantas vezes não se conseguiu quórum mínimo para deliberação
em Plenário? 
O ministro  está certo
ao dizer que no serviço público tem parasitas. A afirmativa está correta,
apenas é impossível apontar a quantidade! Todos sabemos dessa realidade, e
ninguém melhor do que os servidores que convivem com eles para confirmar. Mas,
o problema está na fala do ministro, que gerou uma reação em massa da categoria
e dos políticos! Com isso, o ministro passa a enfrentar corporações perigosas e
todo cuidado é pouco. Afinal, ele está mexendo em vespeiro! Talvez teria sido melhor
se o ministro tivesse chamado de sanguessugas, pois não teria causado tanto
furor, já que o Governo é, de fato, o hospedeiro. 
Diante dessa celeuma, deputados pretendem convocar o ministro Paulo Guedes para que ele explique a declaração na
qual comparou os servidores públicos a parasitas. É que eles classificaram o
fato como sendo uma opinião extremamente preconceituosa, uma declaração muito
ofensiva, que não contribui com o diálogo. 
Enfim, a conta vai
chegar, e é por causa desses parasitas que os funcionários públicos em geral
vão pagar o pato. A indignação deve-se voltar contra esse pessoal que vem
parasitando na administração pública por muitos anos, e que a partir dos
governos petistas esse contingente se multiplicou. Foi o aparelhamento em ação. Agora, os que trabalham e honram
o emprego e a função que exercem, poderão sofrer as consequências. 
Celso
Pereira Lara
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