segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

552-O Carnaval da resistência

Até o Carnaval carioca foi aparelhado, passando a fazer parte da resistência ao governo!

O que deveria ser manifestação cultural, a festa do povo nas ruas, seguindo a tradição, acabou se transformando em manifestação de protestos político e religioso. O Sambódromo, por sua vez, virou um palanque político da oposição. As escolas de samba seguem o caminho da resistência ao governo, fortalecendo a militância esquerdista. Enredos em forma de protesto deram o tom dos desfiles. Só faltou a presença de Lula, para agitar a massa petista e completar o espetáculo circense!

Não bastasse uma emissora de TV, difusora de notícias duvidosas, e não bastassem os grandes jornais e revistas que atacam de forma velada o atual governo, eis que de maneira inédita na história carnavalesca assistimos às escolas de samba desfilando com todo o seu ódio na passarela do samba. Surpresa para todos os que esperavam presenciar a verdadeira manifestação cultural, como nos velhos tempos! Foi uma decepção em cadeia, pois onze das treze escolas do grupo especial tiveram que se submeter aos desígnios daqueles que estão sendo fortemente combatidos pelo ministro da Justiça e Segurança. Seja pela apreensão na entrada de drogas e armas no país, ou pelo comércio ilegal nas cidades. Seja pela transferência das maiores facções criminosas do país para presídios federais, desarticulando, assim, o narcotráfico de tal forma que o índice de violência caiu 22% em um ano, o que jamais se viu nos últimos tempos.   

Quem ousaria duvidar que os enredos dessas escolas não vieram da imposição do submundo da contravenção e do crime organizado, como contraventores do jogo de bicho e traficantes de drogas, considerando que as escolas são por eles financiadas desde a sua concepção? Rola dinheiro sujo a rodo, de acordo com o potencial do chefe do tráfico local.

Não é a primeira nem a segunda vez que os temas da política desfilaram na Passarela do Samba, no Rio de Janeiro. Há sempre uma escola bradando contra governos e personagens ligados a eles. Isso era natural, muito saudável, mas, da forma como aconteceu este ano, tudo leva a crer que foi uma conspiração política organizada contra o presidente Bolsonaro. Uma das causas foi a redução dos patrocínios para as escolas de samba do Rio.  A mamata acabou e o desespero é o que restou. Curioso é que nenhuma escola de samba fez enredo sobre os anos dourados da roubalheira do PT. O Carnaval no Brasil já não tem mais nada de movimento cultural; passou a ser uma festa da militância do crime, em que prevalece o poder do aparelhamento.

O desfile das escolas de samba no Carnaval carioca, com honrosas exceções, a partir de agora, vai ser dessa forma, seguindo as regras do poder das armas de fogo.  A turma da criminalidade está revoltada, e resolveu expressar toda a sua indignação no Carnaval do Sambódromo, desrespeitando o presidente da República e o Ministro da Justiça. Ofendem os chefes dos poderes constituídos sem o menor pudor, inclusive a Igreja Católica. A escola de samba ecoou a voz estrebuchante do crime organizado, ao apelar para enredos extremamente desrespeitosos. Ridiculariza Bolsonaro, Moro e Jesus Cristo, mas enaltece satanás.

Por outro lado, o presidente Bolsonaro foi curtir os dias de folga do Carnaval em São Paulo, para dirigir sua moto em Guarujá, passando em frente ao edifício do Tríplex que não é do Lula. Em todos os lugares que o presidente passa, a euforia toma conta do povo que o chama de mito. São centenas de cumprimentos e abraços carinhosos oferecidos a Bolsonaro e vice-versa. Isso prova que a sua popularidade continua crescendo, apesar da resistência esquerdista. 

A governabilidade continua travada, desde a posse do presidente. A resistência prometida está mais sólida do que a própria esquerda esperava. Congresso e STF mais unidos do que nunca, seguem juntos e misturados, colocando obstáculos em tudo quanto for de bom para o governo. Basta saber que líderes do Centrão e de outros grupos falaram que a reforma administrativa não será aprovada neste ano. Eles avaliam que a Casa deverá se debruçar sobre a reforma tributária e não terá fôlego para discutir duas propostas desse porte em período eleitoral. E que a reforma tributária deve começar a ser discutida em abril ou maio. Lógico que nenhuma nem outra reforma será concluída neste ano, pois ficarão por conta das campanhas eleitorais. Farinha pouca, meu pirão primeiro! É assim que as coisas funcionam na Casa Legislativa.

Como se não bastasse, o Congresso quer derrubar os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao orçamento impositivo e controlar R$ 30 bilhões no orçamento de 2020. Isso é um verdadeiro escárnio com o povo e uma afronta ao governo que tanto luta para conter os gastos. Irritado com essa situação, o General Heleno chutou o pau da barraca: “Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se”. Heleno sugere a Bolsonaro pôr o povo na rua contra a “chantagem” do Congresso. Imediatamente os defensores de Bolsonaro entenderam o recado e já está marcada para o dia 15 de março uma megamanifestação de pauta única: " Apoio ao governo Bolsonaro". 

Celso Pereira Lara

domingo, 9 de fevereiro de 2020

551-Parasitas, nem todos

 Um funcionário público pode não se considerar um parasita, mas poderá ser apontado como tal pelo seu comportamento parasitário! É necessário que essa praga seja combatida e erradicada do serviço público!

Ao defender as reformas econômicas que alteram as regras do funcionalismo público, em evento na FGV, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou os servidores públicos a parasitas. Disse ainda que os parasitas continuam se aproveitando de um hospedeiro que já está morrendo, e que a reforma administrativa do momento não vai mexer nos direitos dos servidores atuais. Era só o que faltava!

Sempre foi assim. Quando os órgãos da administração pública percebem que está havendo déficit de funcionários para atender a demanda da sociedade, são abertos concursos com salários e vantagens atrativos, a fim de atrair especialistas do setor privado. Essa é uma das principais causas das altas remunerações.

Podemos dizer que funcionário parasita é aquele que chega tarde e sai cedo, que produz muito pouco ou quase nada, o que de certa forma sobrecarrega um colega do mesmo setor. Há diferentes tipos de parasita, mas todos são sugadores do erário público. Há os parasitas concursados, os eleitos pelo voto, os contratados, os indicados, os fantasmas etc, todos sugando as tetas do Estado. O parasita existe em todos os setores do funcionalismo público: uns mais, outros menos. A máquina pública está inchada, sem dúvida, por culpa da irresponsabilidade dos governos anteriores, e é necessário que haja uma reforma administrativa urgente, principalmente a política e a judiciária.

Lula, em 2016, também deixou-se extravasar, para fazer crítica genérica aos servidores públicos concursados: "Mas a profissão mais honesta é a do político. Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua, encarar o povo, e pedir voto. O concursado não, se forma numa universidade, faz um concurso, e tá com emprego garantido pelo resto da vida. O político não, ele é chamado de ladrão, de tudo, mas ele tá lá, pedindo outra vez o seu emprego”. A comparação feita por Lula, na época, foi uma forçação de barra muito grande em defesa dos políticos e na intenção de buscar apoio dos eleitores. Uma jogada política capenga! O parasitismo também existe no Congresso, o que é mais grave. Por que os parlamentares, representantes do povo, trabalham apenas de terça a quinta-feira, e quantas vezes não se conseguiu quórum mínimo para deliberação em Plenário?

O ministro  está certo ao dizer que no serviço público tem parasitas. A afirmativa está correta, apenas é impossível apontar a quantidade! Todos sabemos dessa realidade, e ninguém melhor do que os servidores que convivem com eles para confirmar. Mas, o problema está na fala do ministro, que gerou uma reação em massa da categoria e dos políticos! Com isso, o ministro passa a enfrentar corporações perigosas e todo cuidado é pouco. Afinal, ele está mexendo em vespeiro! Talvez teria sido melhor se o ministro tivesse chamado de sanguessugas, pois não teria causado tanto furor, já que o Governo é, de fato, o hospedeiro.

Diante dessa celeuma, deputados pretendem convocar o ministro Paulo Guedes para que ele explique a declaração na qual comparou os servidores públicos a parasitas. É que eles classificaram o fato como sendo uma opinião extremamente preconceituosa, uma declaração muito ofensiva, que não contribui com o diálogo.

Enfim, a conta vai chegar, e é por causa desses parasitas que os funcionários públicos em geral vão pagar o pato. A indignação deve-se voltar contra esse pessoal que vem parasitando na administração pública por muitos anos, e que a partir dos governos petistas esse contingente se multiplicou. Foi o aparelhamento em ação. Agora, os que trabalham e honram o emprego e a função que exercem, poderão sofrer as consequências.

Celso Pereira Lara