terça-feira, 18 de junho de 2019

541-Mensagens hackeadas


Quando se pensa que a vitória já está garantida, eis que aos 48 do segundo tempo surge o inesperado!

Se hoje o país atravessa uma grande crise na educação, na segurança pública e na saúde, fico a imaginar como estaria com a permanência dos governos petistas no poder, caso não existisse a Lava-Jato?

A Operação Lava-Jato, a despeito de sua indiscutível importância no combate à corrupção, mais parece um blindado de guerra, indestrutível, que por onde passa destrói os acampamentos inimigos. Um verdadeiro motor turbinado, sempre em funcionamento, a serviço de um Brasil mais próspero. Sem dúvida, tornou-se uma das maiores conquistas dos últimos tempos, quando se fala em combate ao crime organizado no governo. Chega a ser considerada um patrimônio histórico!

Os ataques a Moro e à Lava-Jato são incessantes desde a criação dessa Operação. O recente caso, noticiado Brasil afora, de captura de mensagens trocadas entre Moro e Dallagnol, teve início na atitude criminosa de um hacker que invadiu os celulares de autoridades públicas. O vazamento de trechos de supostas conversas divulgadas pelo site The Intercept, quando envolve autoridades que se dedicam exclusivamente no combate à corrupção, costuma causar um estrago muito maior do que o esperado! Um estrago provocado pela enxurrada de acusações levianas, sem que ao menos fosse checada a veracidade da fonte. Moro foi alvo das mais perversas críticas. Foi execrado pela mídia, pela extrema-imprensa, pelos comentaristas políticos e por alguns setores jurídicos. Consideraram até estarrecedor e repugnante o novo trecho de conversas vazadas, sem levar em conta que o cyber attack, na realidade, se trata de uma atividade ilícita, ao colocar a rapinagem em domínio público. A quem interessa essa espionagem?

Esse ato criminoso foi recebido com muita naturalidade por parte da esquerda, que, sem se preocupar em incriminar os autores, já saíram atacando os alvos do vazamento. Foi quase uma semana traçando meios de enquadrar Moro em algum artigo da lei, tentativas desesperadas e inócuas.

A figura do magistrado, nesse episódio, passou por uma das maiores provas de ataques infundados, onde as acusações se concentravam no olhar imparcial em relação a Lula, basicamente uma perseguição política, como sempre alegaram, apesar de o encarcerado na PF, em Curitiba, ter sido julgado e condenado em todas as instâncias.

Moro diz que “cometeu um descuido formal, mas não um ilícito”. Se a postura do ex-juiz não agradou aos que precipitadamente o acusaram de ter cometido algum crime ou irregularidade, ao falar com procuradores sobre assunto que envolve investigações em andamento, isso é somenos importante, visto tratar-se de caso corriqueiro no meio jurídico. O fato é que nada alterou o seu animus, pois a convicção em relação à sua lisura continua inabalada.

A divulgação orquestrada do hackeamento chegou a beirar o ridículo. Fizeram um tsunami com um crime em sua origem, e muito bem alimentado pela imprensa. Raros foram aqueles que apontaram que o ato violou as leis do país, ao expor conteúdos ilícitos. Isso é demonstração de que pretendem reverter os resultados dos processos já devidamente julgados e voltar às velhas práticas no poder. As mensagens não comprometem ninguém. O estardalhaço midiático só tem uma explicação: sepultar Moro e a Lava-Jato.

Foi um verdadeiro retrocesso! Tudo não passa de mais uma tentativa de golpe contra a Lava-Jato e contra aqueles que muito se destacam pela competência na condução de processos contra corruptos. A Lava-Jato já condenou mais de cem pessoas, mas será que somente Lula é o perseguido?

       A grande expectativa da população, no momento, é saber quando o tal Glenn Greenwald irá vazar as conversas secretas de Adélio Bispo com o seu advogado.

      Quando se observa uma parte da população lutando pela queda de Moro, é sinal de que ainda há muito a ser feito para acabar com a corrupção!

     Enfim, até agora nada mudou: Bolsonaro vai continuar presidente, Moro vai continuar ministro e Lula vai continuar preso!

Celso Pereira Lara





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