Quando
se pensa que a vitória já está garantida, eis que aos 48 do segundo tempo surge
o inesperado!
Se
hoje o país atravessa uma grande crise na educação, na segurança pública e na saúde, fico a imaginar como estaria com a permanência dos governos petistas
no poder, caso não existisse a Lava-Jato?
A
Operação Lava-Jato, a despeito de sua indiscutível importância no combate à
corrupção, mais parece um blindado de guerra, indestrutível, que por onde passa
destrói os acampamentos inimigos. Um verdadeiro motor turbinado, sempre em
funcionamento, a serviço de um Brasil mais próspero. Sem dúvida, tornou-se uma
das maiores conquistas dos últimos tempos, quando se fala em combate ao crime
organizado no governo. Chega a ser considerada um patrimônio histórico! 
Os
ataques a Moro e à Lava-Jato são incessantes desde a criação dessa Operação. O
recente caso, noticiado Brasil afora, de captura de mensagens trocadas entre
Moro e Dallagnol, teve início na atitude criminosa de um hacker que invadiu os
celulares de autoridades públicas. O
vazamento de trechos de supostas conversas divulgadas pelo site The Intercept,
quando envolve autoridades que se dedicam exclusivamente no combate à
corrupção, costuma causar um estrago muito maior do que o esperado! Um estrago
provocado pela enxurrada de acusações levianas, sem que ao menos fosse checada
a veracidade da fonte. Moro foi alvo das mais perversas críticas. Foi execrado
pela mídia, pela extrema-imprensa, pelos comentaristas políticos e por alguns
setores jurídicos. Consideraram até estarrecedor e repugnante o novo trecho de
conversas vazadas, sem levar em conta que o cyber attack, na realidade, se
trata de uma atividade ilícita, ao colocar a rapinagem em domínio público. A
quem interessa essa espionagem? 
Esse
ato criminoso foi recebido com muita naturalidade por parte da esquerda, que, sem
se preocupar em incriminar os autores, já saíram atacando os alvos do
vazamento. Foi quase uma semana traçando meios de enquadrar Moro em algum
artigo da lei, tentativas desesperadas e inócuas. 
A
figura do magistrado, nesse episódio, passou por uma das maiores provas de
ataques infundados, onde as acusações se concentravam no olhar imparcial em
relação a Lula, basicamente uma perseguição política, como sempre alegaram,
apesar de o encarcerado na PF, em Curitiba, ter sido julgado e condenado em
todas as instâncias. 
Moro
diz que “cometeu um descuido formal, mas não um ilícito”. Se a postura do
ex-juiz não agradou aos que precipitadamente o acusaram de ter cometido algum
crime ou irregularidade, ao falar com procuradores sobre assunto que envolve
investigações em andamento, isso é somenos importante, visto tratar-se de caso
corriqueiro no meio jurídico. O fato é que nada alterou o seu animus, pois a
convicção em relação à sua lisura continua inabalada. 
A
divulgação orquestrada do hackeamento chegou a beirar o ridículo. Fizeram um
tsunami com um crime em sua origem, e muito bem alimentado pela imprensa. Raros
foram aqueles que apontaram que o ato violou as leis do país, ao expor
conteúdos ilícitos. Isso é demonstração de que pretendem reverter os resultados
dos processos já devidamente julgados e voltar às velhas práticas no poder. As
mensagens não comprometem ninguém. O estardalhaço midiático só tem uma
explicação: sepultar Moro e a Lava-Jato. 
Foi
um verdadeiro retrocesso! Tudo não passa de mais uma tentativa de golpe contra
a Lava-Jato e contra aqueles que muito se destacam pela competência na condução
de processos contra corruptos. A Lava-Jato já condenou mais de cem pessoas, mas
será que somente Lula é o perseguido? 
       A grande expectativa da população, no momento, é
saber quando o tal Glenn Greenwald irá vazar as conversas secretas de Adélio
Bispo com o seu advogado.
      Quando se observa uma parte da população
lutando pela queda de Moro, é sinal de que ainda há muito a ser feito para
acabar com a corrupção!
     Enfim, até agora nada mudou: Bolsonaro vai
continuar presidente, Moro vai continuar ministro e Lula vai continuar preso!
Celso Pereira Lara
