segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

534- A Venezuela é mais uma vítima



Com as crises econômica e política na Venezuela, o governo entrou em colapso. A última eleição foi declarada fraudulenta pelo Parlamento venezuelano, portanto, Nicolás Maduro não tem legitimidade para governar.

É muito triste pensar que a Venezuela chegou a esse estágio de miséria de seu povo, enquanto ela é detentora das maiores reservas de petróleo do planeta. Lembrar que ela já teve o maior PIB per capita da América do Sul e que já esteve entre as quatro nações mais ricas do mundo nos leva a atribuir tais fatos às consequências advindas do regime de governo adotado. Mas o que aconteceu, de fato?

Claro que a ditadura de Maduro colocou a Venezuela no epicentro do problema, pois ela faz parte da agenda comunista do Foro de São Paulo, cujo objetivo seria formar um bloco socialista na América Latina.

Os métodos de governar aquele país foram os mesmos utilizados pelo PT no Brasil. A agenda é a mesma: partidos políticos apoderaram-se de grande parte dos recursos gerados nos acordos com companhias petrolíferas, além de outros golpes nos cofres públicos.  O PT é coerente ao reconhecer a ditadura venezuelana como governo legítimo!

A escalada do autoritarismo levou o ditador a cometer atrocidades contra os venezuelanos que não apoiam o governo. A Guarda Nacional Bolivariana, fiel escudeiro do ditador, atropela literalmente o povo nas manifestações de rua. A opressão é a maneira mais aplicada pelo governo daquele país para controlar a população.

A crise econômica - fruto da desvalorização da moeda e do descontrole inflacionário -, levou à falência muitas empresas, e o desabastecimento de alimentos e medicamentos foram inevitáveis. O recente fechamento de fronteiras com o Brasil e a Colômbia, Portos e Aeroportos, para impedir a chegada de ajuda humanitária, revela o quanto de crueldade existe na mente do tirano venezuelano. Dessa forma, os seus grandes aliados militares - Rússia e China – e a esquerda radical brasileira ficaram expostos à ácidas críticas.

Maduro conduz o governo com mão de ferro, seguindo rigidamente as técnicas políticas revolucionárias do tipo ”se controlarmos a comida do povo, controlamos o povo e ainda vão ficar agradecidos pelo pouco que damos". Requinte de crueldade a toda prova! A audácia de Maduro é de tal ordem que ele foi capaz de colocar na fronteira alguns canhões apontados estrategicamente para o lado brasileiro, deixando a entender que se fosse preciso lançaria mão desse armamento. Intimidações à parte, foi uma estratégia ridícula, diria insana, porquanto Maduro se mostra fora de controle da situação.

Em 2013, Lula fez campanha política para eleger Maduro, e em sua mensagem deixou uma frase de efeito: “Maduro presidente é a Venezuela que Chávez sonhou”. Pois bem, agora, não adianta dizer que é perseguição política, pois Lula tem parte da culpa na tragédia imposta à população daquele país.

O que dizer de uma pessoa que, submissa a um idealismo diabólico, manda queimar caminhões de comida dos famintos e remédios dos enfermos? O mundo assiste atônito à verdadeira face do regime socialista na Venezuela, mas os apoiadores do ditador não admitem uma intervenção naquele país. Idolatram a tirania de Maduro e desprezam o sofrimento do povo venezuelano. O socialismo é, além de cruel, o caminho para a morte.

Na realidade, a esquerda radical brasileira é cúmplice da crise na Venezuela e de todos os crimes praticados por Maduro. Tanto isso é verdade que diversos líderes políticos logo se apresentaram para manifestar apoio ao ditador.

O pior de tudo é que o governo venezuelano ainda comemora a vitória do bloqueio de ajuda humanitária. Maduro sente prazer em ver o seu povo na miséria, passando fome, e sente repulsa pelos países que tentam levar alimentos e remédios. Contudo, o ditador sanguinário parece ainda ter muitos admiradores pelo mundo.

Celso Pereira Lara

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