terça-feira, 1 de maio de 2018

516-O Brasil que eu quero

Impossível acreditar que um país, onde tudo conspira contra, possa sobreviver dessa forma!

Nunca se viu tanta modificação de decisões proferidas pela Segunda Turma do STF. Muda-se uma deliberação como se ninguém fosse perceber! Nesse contexto, a confiança jurídica deixa de existir, dando lugar a chacotas e insultos por parte daqueles que não se conformam com tamanha canalhice. São decisões mudadas ao sabor dos ventos, e como exemplos temos os casos de prisão em segunda instância novamente questionada e a retirada das mãos do juiz Moro de trechos de delações feitas pela Odebrecht, as quais implicam o ex-presidente Lula. Não é esse o Brasil que eu quero!

Mais triste é saber que ainda há no Brasil milhões de pessoas idolatrando um presidiário condenado pela justiça e com mais de seis ações penais aguardando julgamento. Tenho vergonha de viver num país onde tudo caminha em direção ao fracasso. Numa nação onde um corrupto está preso e tem seguidores declaradamente fanáticos, que lutam pela liberdade dele, infernizam Curitiba e desafiam a justiça, alguém acha que o povo terá um bom futuro? Não é esse o Brasil que eu quero!

As decisões do Supremo não mais convencem ninguém, nem os próprios ministros, tanto é que elas se alternam em poucos dias, de acordo com a conveniência. Como um governo pode resistir a tanta instabilidade jurídica? Não há nada pior do que ouvir de um político petista: "O Gilmar é nosso aliado", e de Lula: "Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada", mas quando um Promotor chama ministros do STF de "canalhas" e "fdp", logo se manifestam para abrir investigação. Não é à toa que o pedido de impeachment de Gilmar, o libertador-mor da República, já está protocolado. Não é esse o Brasil que eu quero!

A doutrinação ideológica nas salas de aula das universidades é facilmente comparada a uma praga numa lavoura, é um campo fértil demais para a implantação de conceitos fora da grade curricular. Os alunos, ainda incipientes, recém-chegados ao ambiente universitário e ávidos por conhecimentos, tornam-se presas fáceis para abraçarem as ideias impostas por seus experientes mestres. Há relatos de que a concordância ou a defesa dos ideais que foram maldosamente ensinados, ou do viés ideológico transmitido, acrescenta pontos na prova. Militantes extremistas de esquerda criam ambientes hostis em eventos dentro da instituição, e vídeos mostram que impediram palestra e agrediram cristãos na UFF; na UERJ, os celebrantes cantando, em alemão, o hino da Internacional Comunista; professores em sala de aula - aos gritos e nervosos - expulsando alunos por estarem vestindo camiseta pró-Bolsonaro. Não é esse o Brasil que eu quero!

Nenhuma novidade que a Venezuela e Moçambique aplicariam um golpe de 1,5 bilhão no Brasil. Fatalidade? Claro que não, pois sabíamos que o cano seria inevitável, e que mais cedo ou mais tarde o que se gastou na festança que os governos petistas promoveram com o dinheiro público chegaria em forma de calote para ser debitado em nossa conta. Os governos petistas usaram nossos cofres para financiar ditaduras - e quantos empréstimos sigilosos fizeram no BNDES? -, aprofundando ainda mais a herança do déficit público, obrigando o governo sucessor a propor reformas. Dinheiro que serviu de combustível para alimentar o socialismo na América Latina e na África, seguindo rigorosamente a cartilha do Foro de São Paulo. Não param por aí, não, outros calotes ainda estão por chegar. Quando presidentes não sabem administrar bem um país - e só ficam mentindo para o povo -, quem paga a conta é sempre o trabalhador, o qual sobrevive massacrado pelos extorsivos impostos. O Brasil que eu quero não é esse!  
  
Celso Pereira Lara