Com
os avanços no campo da corrupção neste país, foi necessária a criação de uma
força-tarefa para minimizar seus efeitos.
Desde que surgiu - em março de 2014
-, a Lava Jato é um motor turbinado que está sempre ligado. Prova disso é que,
enquanto o STF abriu apenas cinco ações penais e não concluiu nenhuma delas nos
dois primeiros anos, o juiz Moro finalizou 25 processos, com 123 condenados e
36 absolvidos. Mesmo com essa comparação gigantescamente absurda, na época, a
diferença atualmente deve estar ainda maior. 
Por
mais que se diga que o STF é independente e imparcial, dá para perceber que as
decisões de seus ministros variam de acordo com as próprias pretensões. O
ministro Lewandowski, por exemplo, ainda não está satisfeito! Primeiro, rasgou
a Constituição ao fatiar o impeachment da Dilma, que permanece com os direitos
políticos e viajando pelo mundo, tendo suas despesas pagas com dinheiro público.
Agora, ele se mostra defensor da presunção de inocência (de Lula), deixando
subentender que a decisão final cabe somente aos tribunais superiores. Os
poderes da decisão de segunda instância certamente serão rediscutidos no
Supremo, onde a aprovação da pauta prioriza as conveniências!
A
indecente política a que o país está submetido - com os três poderes juntos e
misturados, salvo honrosas exceções de seus representantes - vem crescendo
assustadoramente tal qual um vulcão em plena erupção, espalhando suas
lavas e devastando tudo o que encontra pela frente! Nada consegue detê-las.
Assim sendo, somente na curva do horizonte é que surge uma ponta de esperança a
ser depositada nas urnas de outubro próximo. 
Com medo dos eleitores, vários
políticos desistiram de tentar a reeleição no Senado e preferiram se candidatar
à Câmara, onde teriam mais chance na eleição proporcional do que na disputa
majoritária. São os senadores envolvidos com a justiça, em busca de foro
privilegiado! O resultado das eleições servirá para mostrar o quanto a população
brasileira amadureceu, politicamente, e revelará muito mais sobre os eleitores
do que sobre os eleitos. 
Querendo se defender do indefensável, o ex-presidente petista, já condenado à prisão no primeiro
processo, não tem a menor preocupação com os honorários advocatícios, apesar de
serem cifras milionárias. Recentemente, Lula contrata novo advogado, a preço de
ouro, para cuidar de sua absolvição, mesmo com o Instituto Lula falido, mesmo
sem receber convites para palestras desde 2015 e com a suspensão das intermediações
com as empreiteiras. Lula soube poupar muito bem durante toda a sua vida, e o
seu colchão deve ser muito comprido e alto para guardar tantos milhões!
Um
país onde um sujeito altamente perigoso para a Nação foi solto porque não houve
violência, e as decisões de soltura de criminosos fazem parte da rotina; um
país onde um ex-presidente condenado à prisão fica desafiando procuradores,
Juízes e Polícia Federal, e mesmo assim lidera a corrida presidencial; um país onde um político declara que o agravamento da
segurança pública se deve ao combate à corrupção no lugar de combater bandido; um
país que se junta à Cuba e Venezuela para utilizarem caixinhas mágicas intituladas
urnas eletrônicas, enquanto o eleitor não tem o direito de conferir o seu voto;
um país onde vazamento de áudio compromete ministro da mais alta corte; um país
onde até o Presidente está sendo investigado por possível envolvimento em
maracutaias; um país onde a presidente do STF diz que a população está
"cansada de tanta ineficiência" e reconhece que os representantes dos
três poderes da República têm um "débito enorme com a sociedade"; um
país onde se degradam as instituições e se corrompem os fundamentos da ordem
constitucional não pode prosperar, democraticamente, nem pode ter credibilidade
em lugar nenhum. 
Celso Pereira Lara
Nenhum comentário:
Postar um comentário