A situação do país
chegou a tal ponto que denunciar o melhor amigo virou uma excelente forma de negócio.
Investir em benefícios da lei é a grande chance de não ficar o resto da vida
atrás das grades.
Nem tudo está perdido para
o criminoso quando se tem à sua disposição a delação premiada, recheada de
abrandamentos da pena, quase a ponto de coroá-lo, elevando-o à categoria de salvador
da Pátria! O perigo é que essa concepção possa servir de incentivo a crimes e gerar
vícios da denúncia.  
O Brasil vive um de
seus piores momentos em matéria de crise, e todas ao mesmo tempo, como se tudo
tivesse sido combinado: crise financeira, política e institucional. Todas
insanáveis e com origem na corrupção.   
O Presidente Temer ainda
nem escapou das revelações feitas em gravação, e novas já estão por chegar.
Até alguns ministros do STF, que tem a maioria indicada por Lula e Dilma, estão
sob suspeição, conforme gravação de conversa entre Joesley e Ricardo Saud. A República vai muito mal
das pernas, e mesmo desfazendo todas essas acusações, a credibilidade das esferas
de poder vai sair arranhada até a alma! Portanto, não há nenhuma chance de
restaurar esta República, principalmente porque, quando um governo perde a
confiança do povo, o melhor a fazer é fechar o Congresso!  
O espanto causado à
população foi grande quando surgiu o vídeo em que aparecia Loures, o
interlocutor de Temer com o empresário Joesley, carregando uma mala com 500
mil. Que coisa mais comprometedora, hein? Em pouco tempo, a PF descobre 51
milhões arrumadinhos em diversas malas num apartamento cedido ao ex-ministro de
Lula, Dilma e Temer. Estaria Geddel – o homem de confiança de Temer -  tentando reduzir a inflação, contribuindo para
a melhoria do poder de compra da população, ao represar tantos milhões de reais
na sala do apartamento, diferentemente de Collor que preferiu confiscar todo o
dinheiro da economia, autorizando os bancos a bloquear a poupança e outros
ativos? O confisco no sistema financeiro foi considerado um sequestro dos bens
dos investidores - os chamados rentistas, tão odiados pelos socialistas. Daí em
diante, o sequestro financeiro ocorre diretamente nos cofres públicos, via BNDES,
Petrobras e outras. O esquerdismo é a negação de si mesmo. Uma renca de
malfazejos!
Um governo, cuja cúpula
do partido no Senado esteja totalmente envolvida em corrupção, seja por
delação, gravação ou grampo telefônico, não é digno de permanecer conduzindo a
Nação. Os descaminhos e malfeitos ferem de morte os pilares do regime
democrático, e isso leva a concluir que o impeachment de Dilma foi uma farsa, e
o seu fatiamento (com a permanência dos direitos políticos) comprova que o
objetivo era dar continuidade ao sistema corrompido há 30 anos. PT e PMDB eram
considerados unha e carne, ambos ligados por um ideal: perpetuar-se no poder
para saquear a Nação!
O bagulho é tão doido
que até Procurador da República deixa o cargo público para defender corrupto na
vida particular. Vai entender? Uma curiosidade: para que foi criado o Instituto
Lula? 
Aqueles que criticavam
o instituto da delação, comparando-o a um espetáculo de pirotecnia, já não o
fazem mais, apenas alegam que o delator visa tão somente se livrar das
penalidades, atribuindo mentiras ao principal envolvido no esquema. A narrativa
da espetacularização perdeu o brilho diante de tantas provas surgidas ao longo
de novos depoimentos feitos por aqueles que integram o alto escalão da organização
criminosa. As delações acontecem em sequência (a fila é extensa), cada um relatando
como pode para se livrar do peso da condenação. Resta saber quem será o último
a delatar, e nesse caso só lhe resta a confissão.
Celso Pereira Lara
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