terça-feira, 27 de junho de 2017

496-Reflexões sobre intervenção

 Isso é fato: O período militar só foi ruim para os comunistas, nenhum cidadão de bem foi preso ou censurado! Durante essa página negra da história nacional, pelo visto, apenas os presídios funcionavam. Neles entraram terroristas, assassinos, assaltantes, guerrilheiros, sequestradores, e saíram deputados, ministros, governadores e até dois presidentes. Malditos militares!

A demagogia da esquerda é crescente, e os fatos da realidade surgem a cada instante. Expondo há meio século uma narrativa longe de uma comparação com os regimes de opressão, de tortura, como se aqui fosse a Rússia ou a Alemanha Oriental naqueles bons tempos – ou até mesmo a China ou Coreia do Norte -, os 'prejudicados' no Brasil não são capazes de reconhecer que os militares salvaram a Pátria das garras dos comunistas – ou os prejudicados seriam também comunistas? Na época, tentava-se implantar a Social-democracia, uma ideologia política de esquerda, alimentada por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem uma revolução. Para isso, teriam que fazer a incorporação de partes do socialismo com partes do capitalismo. E essa luta continua firme, conduzindo o país a um estado decadente, desmontado estrategicamente. Isso prova que não vai dar certo aqui, assim como não deu em qualquer lugar!

As chances de uma intervenção são mínimas, mas nem por isso se pode deixar de exercer o direito constitucional clamando por ela a todo instante. A parte que cabe aos brasileiros para tentar uma solução à sombra da lei é somente essa, outra qualquer que seja seria ineficaz, como se estivesse tomando antibiótico receitado para combater outro tipo de infecção. O fato de termos chegado ao ápice não significa que a situação não possa ficar ainda pior. Não precisa nenhum especialista dizer que já não existe mais democracia no país, porque os verdadeiros guardiões se deixaram levar pelos poderosos da política e a eles são dadas decisões favoráveis. A Constituição brasileira só serve para favorecer aos mal-intencionados!

Vivêssemos tempos normais, seria ridículo clamar pela intervenção, mas o que vem acontecendo ultimamente em todos os setores do governo já seria motivo para uma tomada de poder pelos militares, mesmo sem o clamor do povo! Afinal, a Constituição estabelece claramente que as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, se destinam à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constituídos, e manutenção da lei e da ordem.

Grande parte do povo, que tem consciência de que o país necessita de uma faxina geral e que defende a intervenção como última forma de restabelecer a ordem no Brasil, não se manifesta publicamente e isso dificulta mensurar a quantidade de pessoas indignadas com a atual situação do país. Os movimentos intervencionistas vêm crescendo muito lentamente, mas ainda assim o resultado é frustrante, sem perspectivas de chegar a uma grande massa ocupando as ruas. Por outro lado, Comando das Forças Armadas, quando provocado, responde que não agem porque precisam receber ordens dos podres poderes, dos criminosos que os chefiam ou delinquentes da ideologia marxista.

Neste momento de delações premiadas, envolvendo o atual Presidente da República, clamar por eleições antecipadas ou "diretas já" é uma atitude golpista, cujo propósito visa exclusivamente à manutenção da ORCRIM instalada no poder. Isso, sim, é uma farsa perpetrada pelos mesmos que se dizem defensores da democracia. Muita ingenuidade acreditar que o exercício democrático do voto seria a melhor forma de mudar o status quo da política! Seria como retirar as fezes, mas as mesmas moscas continuariam circulando o local. Ou então fazer de conta que tudo vai ser modificado, para no final ficar tudo igual. Essa é a prática a que temos assistido nas últimas décadas, como prova de que os políticos no Congresso estão mais unidos do que se imagina. Unidos e blindados, em forma de organização criminosa, para se locupletarem com os votos dos inocentes. Como se tudo não bastasse, ministro do Supremo, cinicamente, ainda ousa dizer que o STF vai resgatar a dignidade da nação! Será que o Brasil está preparado para receber um presidente honesto? E a urna eletrônica, é confiável?

Para os governistas, as instituições estão funcionando perfeitamente! Mas somente para eles, lógico! O momento é muito grave, sim, e se não houver uma mudança na arquitetura da política brasileira e nos poderes constituídos, certamente estaremos vivenciando aqui, muito breve, o que se passa na Venezuela.

Quando se observa que as instituições governamentais estão corrompidas, despejando dinheiro público - aos bilhões - para empreiteiras e países de regime ditatorial - ou para amigos do rei para ser mais realista -, em contratos altamente sigilosos, é sinal de que a situação só tende a piorar.

Quando se verifica que tudo conspira para o enfraquecimento das investigações da Lava-Jato, contra a pessoa do juiz Sergio Moro e para aprovação de medidas impopulares ou favoráveis aos grupos políticos, é demonstração de que a democracia está sendo vilipendiada.  

Quando não se confia mais no Congresso Nacional, no STF, no STE, em governadores e prefeitos, em Presidente da República e seus ministros, é o momento de concluir que a República deixou de existir, dando lugar a anarquia, e não há mais nada a fazer. 

Todo cidadão tem o direito de se manifestar, e assim pedir intervenção militar, mesmo sabedor de que o aparelhamento também chegou ao Comando das Forças Armadas, com preocupante sucateamento de seu arsenal e desestímulos à tropa. De qualquer forma, há que ficar o registro de um pedido desesperado de parte da população, para que mais tarde a história não seja contada de forma diferente. 


Celso Pereira Lara

sexta-feira, 23 de junho de 2017

495- Intervenção já ou esperar o quê?

Criação de factoides é uma das especialidades da extrema-esquerda. Atualmente, a necessidade de superar essa falácia é mais que urgente, pois não há mais o que esperar, tendo em vista uma série de motivos que justifiquem o caos governamental ou o desgoverno incessante. Famílias brasileiras cansadas com a crise moral deixam o país diariamente. Isso é grave! Vergonhoso!

Grande parte do povo brasileiro absorveu os efeitos pedagógicos daqueles que costumam dizer que ficam arrepiados só em pensar no tempo dos governos militares. Quanto mais quando se ouve alguém dizer que a intervenção militar se faz necessária na atual conjuntura. Tortura nunca mais, diriam eles convictos e raivosos, denunciados pela expressão facial e pelo tom das palavras! Golpistas e fascistas seriam gritados, certamente.

O regime militar pode ter sido tenebroso, sombrio para algumas centenas de militantes na política, diretórios acadêmicos, sindicatos e outras agremiações de domínio político-partidário, assim como os próprios parlamentares suspeitos de atuação em movimentos subversivos. Talvez tivessem sido vítimas de suas intenções nada democráticas, diferentemente do restante do povo brasileiro que seguia a vida normal, trabalhando e produzindo para o país, como se o regime 'ditatorial' não existisse, apenas a ordem e o progresso. Essa é a grande diferença!

Lógico que em tempos normais tal proposta não se justificaria, já que as condições de governabilidade estariam preservadas e os três poderes exercendo seus papéis independentes e harmoniosos, garantindo o estado democrático de direito. Entretanto, quando os poderes não se entendem e se observa com muita clareza julgamentos que favorecem a réus e políticos envolvidos em delações de atos criminosos, e que sabidamente fazem de tudo para manter o status quo, o que se pode esperar daqui para frente?

É preciso entender que intervenção militar faz parte da ordem jurídica em qualquer país do mundo, e clamar por ela, especialmente em situação de altíssima gravidade, como a que o Brasil atravessa, não é motivo de condenação aos cidadãos que desejam o bem para o país e para os brasileiros. O que não se deve é ficar inerte diante de tudo que vem acontecendo, apostando em novos candidatos nas eleições 2018, quando já sabemos que o sistema está todo comprometido, e, portanto, nada vai ser diferente. Ficaremos mais quatro anos esperançosos de que nas eleições 2022 tornaremos a votar em candidatos novos, enquanto o país vai sendo sucateado, o povo oprimido, a violência aumentando, caminhando para uma Venezuela!    

Esse receio aos militares sustentado por uma minoria é falso, porque sabidamente o poder militar é o mais confiável para administrar a nação nesses momentos. A repetição de rótulos pelos comuno-socialistas durante mais de 40 anos - onde a prevalência da mentira criou um estado de psicose em algumas pessoas contra os militares - foi a maneira encontrada para disseminar a imagem de bicho-papão que foi o regime militar. A doutrinação ideológica nas universidades é como uma praga. É campo fértil para cultivar o ódio ao governo militar e ao sistema capitalista.   

O Brasil encontra-se no limite da pouca-vergonha, onde a soberania nacional ficou de lado e as Cortes defendem organizações criminosas. Dizer que as instituições estão funcionando é fazer pouco caso da inteligência dos brasileiros. A casa está totalmente desarrumada e não há esperança de que o país volte aos trilhos tão cedo. As delações permitiram conhecer centenas de políticos corruptos, dezenas de empresas envolvidas, ministros, magistrados, todos os ex e atual Presidente da República! Dizer que o país não chegou ao extremo do suportável, é querer tapar o sol com a peneira. 

As manifestações perderam o poder de amedrontar políticos. Já sabemos disso, ainda mais que elas são feitas aos domingos, quando o Congresso está vazio! Por isso que os parlamentares não estão nem aí para elas. Se a próxima manifestação ocorrer entre terça e quinta, é certo que o resultado será melhor. Mas durante a semana é impossível, porque ninguém quer faltar ao trabalho e perder o emprego. Sabemos também que os movimentos que se dizem apartidários são financiados por partidos! Dessa forma, só temos mesmo uma opção disponível: clamar por intervenção! Mas para isso temos que encher as redes sociais desse convencimento e desse clamor. As pessoas precisam deixar de ter medo dos vermelhos e impor suas ideias. Não se trata de ditadura militar, a Constituição em seu art. 142 permite isso.

Ainda há quem diga que temos instituições maduras, plenamente funcionando. Funcionando para quem? O Brasil sendo assaltado por quadrilhas de políticos corruptos que se revezam no Congresso, os Três Poderes nas mãos dos interesses particulares e as Forças Armadas desarticuladas por Presidentes inescrupulosos e oportunistas! Certamente que a intenção é minimizar os graves fatos de imoralidade reinante que afrontam a República. Os valores democráticos já não existem de fato!

Seria legal e constitucional o atual cenário de imoralidade e corrupção generalizada nos poderes da República, inclusive nos estados? Não seria motivo suficiente para impor medidas corajosas, dentre elas a intervenção nas instituições mais confiáveis e representativas da nação brasileira? Chega de discurso esquerdopata e que venha a salvação do nosso Brasil e de seu povo, para que voltemos a andar pelas ruas e acreditar nas instituições!

Na próxima manifestação de rua, se não for para pedir intervenção militar, é melhor ficar em casa!

Celso Pereira Lara