terça-feira, 15 de novembro de 2016

472-Ocupações nada legítimas

Sem a sustentação dos partidos políticos as ocupações não existiriam.

As ocupações em escolas e universidades públicas não podem ser consideradas um movimento legítimo! Primeiro porque há que ser levado em consideração a quantidade de alunos que concordam com a decisão final de invadir seu próprio estabelecimento de ensino. Tal decisão teria que, obrigatoriamente, contar com a aprovação de mais da metade do total de estudantes de cada instituição. O que se tem visto é que o quórum nas assembleias não atinge nem de longe quantidade suficiente para uma deliberação por unanimidade. Não passam de 250 e muitos nem são alunos, decidindo pela maioria. Deduz-se que a maioria ausente é contrária a manifestações via ocupações. O direito de um por cento não pode prejudicar o direito de 99 por cento que querem estudar! Isso não seria autoritarismo?

Depois, se a ocupação é apartidária, o que a CUT está fazendo na UFMG? Tentam convencer a todos de que as ocupações não tem relação alguma com partidos políticos, mas os fatos e as imagens mostram o braço sindical do PT dando uma força para as ocupações. A narrativa da esquerda é que eles ocupam por uma melhor educação, mas a verdade é que eles ocupam para defender o socialismo e o PT que já estão em seus últimos dias de vida. As notícias mostram que sindicatos e políticos estão por trás das invasões: "Invasora de escola se enrola e acaba confessando que recebeu financiamento de sindicatos e dinheiro público. Sintro distribuiu até marmitex para os invasores".

Jovens invasores nem sabem explicar o porquê de sua participação nos movimentos! Dizem que é contra a PEC 55 e contra o Programa Escola sem Partido, mas não têm a menor noção dessas propostas. Alunos de uma universidade privada, com mensalidades superiores a R$ 2.000,00, protestam contra a PEC, que segundo eles retira os investimentos na educação, e chamam os seguranças de fascistas. Talvez fosse melhor ocupar as ruas e protestar contra lei de abuso de autoridade, que tem por objetivo silenciar de vez a Lava-Jato!

A ocupação é apartidária, por isso entendem que podem vandalizar as instituições de ensino: "Vocês pinta nóis pixa. Quero ver quem tem mais tinta!" Esse é o perfil dos estudantes. De acordo com o MPF, que pediu à Justiça a desocupação do Colégio Pedro-II e do campus da UFRRJ, além de ilegal, a ocupação expõe os estudantes a riscos como homicídio, lesão corporal e drogas.

O discurso da jovem de 16 anos que se mostrou favorável às invasões, e afirmou que elas fazem parte de um movimento sem partido político, não passou de uma farsa, pois a estudante está ligada ao PT, e seu nome aparece junto com outras lideranças que participaram de um debate dentro do partido. Da mesma forma, mesmo apoiados por partidos de extrema-esquerda, professores e estudantes invasores afirmam que se trata de um movimento apartidário. Então, onde estavam os movimentos estudantis – que não se valeram de ocupação –  quando Dilma cortou 10 bilhões na educação?

Os estudantes que hoje estão invadindo escolas nunca ocuparam sequer uma biblioteca. São mentes desocupadas! É justo que estudantes que não estudam prejudiquem mais de 200 mil inscritos no ENEM? Será que os jovens voluntários da revolução totalitária da extrema-esquerda não se dão conta de que estão sendo usados para atingir objetivos nada democráticos?

Celso Pereira Lara

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