A proposta de criminalização dos perfis
falsos na internet, a ser apresentada para votação nas duas Casas, representa o
desejo do povo brasileiro. Entretanto, não se deve confundir com o controle social da
mídia, uma proposta petista de pura censura, que também deverá ser apresentada brevemente.
Desde sempre, a
utilização de perfis falsos (fake) na internet continua prosperando a céu
aberto. Abrir diversas contas para uma mesma pessoa já é sinal de um plano mal
intencionado, ainda que a pessoa tenha uma boa índole, reconhecidamente. As de
mau caráter são mestres nesse tipo de enganação, ora apresentando-se com nomes
e fotos diferentes. Assim como o CPF ou a Identidade com a foto, a sua
identificação é para sempre ao abrir cadastro em qualquer lugar. Então, para
que passar-se por outra pessoa? 
Evidente que a
criminalização de perfis falsos é, por todos, considerada muito oportuna. O
Projeto de Lei 7758/14 visa “tipificar penalmente o uso de falsa identidade na
rede mundial de computadores”, ou seja, proibir a criação dos famosos perfis
fake, que atualmente estima-se tenha chegado a cem milhões. 
Uma coisa são os
hackers maldosos - crackers ou invasores do mal -, aqueles criminosos que de uma
forma ou de outra invadem programas de computadores com a intenção de
prejudicar; outra coisa são os perfis fake ou falsa identidade, aqueles
criminosos que vivem no anonimato para colecionar informações e fotos de suas
vítimas. Postagens de fotos dos filhos, dos familiares e amigos, tudo isso pode
contribuir para o acervo dos bandidos. Na realidade, o que deveria ser motivo
de alegria ou satisfação, acaba virando fato desagradável. 
    Notícia na web pode ser encontrada sob o título "Sequestrador diz
ter planejado crime com informações de rede social", em que o criminoso
relata como foi possível executar o seu plano em 10 dias.
A tendência na
internet é mostrar cada vez mais, e ao vivo, os bons momentos por que passam os
internautas, numa espécie de "se existo, tenho que provar".  
Os selfies estão em
alta nas redes sociais da internet, porque eles podem ser divulgados em poucos
segundos após os cliques, e muitos chegam acompanhados de nomes, localização,
dia e horário, tudo aquilo que os bandidos esperam para em seguida aplicar os
golpes de sequestro e extorsão. O perigo que existe na internet é o mesmo que
existe nas ruas, mesmo porque os crimes cometidos em locais públicos ou nas
residências, muitas vezes são baseados em informações colhidas da web.  
A fragilidade das
redes sociais da internet é um problema que vem sendo solucionado aos poucos,
apesar de demandar um árduo trabalho. Com a possível aprovação do projeto,
ainda não teremos a segurança total, mas já é um grande passo a caminho de uma tão esperada internet mais segura.      
Celso Pereira Lara
Nenhum comentário:
Postar um comentário