segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

404-A conta que temos a pagar

Mesmo em contraste com a nossa atualidade, as medidas impostas pelo Governo significam apenas um ensaio. O que vem mais adiante, lógico, é chumbo grosso.

Em nossa democracia, cabe à sociedade rejeitar, de alguma forma, os ajustes e reajustes que só servem para cobrir o rombo deixado pelo governo anterior, pois se não o fizer os trabalhadores e contribuintes estarão pagando duas vezes por aquilo que não concordam.

A presidente reeleita sinaliza que tem pressa para corrigir a herança maldita deixada pelo governo anterior (dela), e, para isso, anunciou uma série de medidas - ou saco de maldades -, no mínimo para dizer que alguma coisa está sendo feita. Com o crescimento econômico em baixa e a inflação em alta, não dá para permanecer de braços cruzados ou ficar viajando Brasil afora, marcando presença na cerimônia de posse do presidente da Bolívia, reeleito para o terceiro mandato consecutivo. Aliás, por onde anda a presidente reeleita, que até agora não apareceu, ao menos, para os seus eleitores?

Os apagões que acontecem nesse período de calor e as previsões de racionamento de energia nessa época de seca revelam o quanto se deixou de fazer ou investir no momento propício do governo passado. Entretanto, as questões eram outras. Houve uma preocupação muito grande em não deixar pedras sobre pedras em nosso sistema de produção de energia, mas ficou apenas no campo da preocupação, pois a hidrelétrica da Nicarágua, construída e financiada pelo governo brasileiro - com o dinheiro do povo -, vai muito bem, obrigado.

É dado como certo que tão cedo o Brasil não sairá dessa crise, e todos os brasileiros serão penalizados de alguma forma para compensar o desastre causado pela incompetência governamental. Enquanto isso, para suprir, em parte, nossas deficiências nas usinas termelétricas, o Brasil continua importando energia excedente da Argentina, sabe-se lá a que preço.

Com as precipitações pluviométricas abaixo da média, as represas apresentam suas dificuldades de armazenamento de água, e muitos reservatórios já atingiram o volume morto. Racionamento de água é a palavra de ordem no momento, e gastar tem que ser somente o essencial. A situação é de causar pavor, porque se teme que doravante ela possa se tornar padrão. E, em acontecendo, haverá necessidade de a população mudar os hábitos, o que não é tão simples nem tão rápido. Sem querer cutucar a promessa de campanha feita há mais de uma década, a transposição do São Francisco agora tem motivos de sobra para não sair do papel. Afinal, transpor o quê, com que dinheiro?

Grandes problemas foram criados nos três últimos governos, e foi gerada uma mega conta que agora os brasileiros estão sendo intimados a pagar. Teremos que bancar um alto preço pela incompetência e pela irresponsabilidade dos governantes. É bom lembrar que, quando se aumentam os impostos, não se realizam os ajustes fiscais, mas sim um ajuste de contas. Saquearam os cofres públicos, e agora estão saqueando os bolsos dos contribuintes para cobrir o buraco. É assim que age o governo do PT, levantando a bandeira defensora do povo pobre explorado pelos ricos. Se a opinião pública não se colocar contrária a essa volúpia pelo aumento da carga tributária, outros ajustes piores certamente virão, pois o governo reeleito já deu a entender que está disposto a massacrar a população, visando acima de tudo aumentar o indecente impostômetro, sem se importar com o crescente desemprego e fechamento de fábricas. Um verdadeiro caos anunciado, confirmando a chegada da recessão econômica.

Vivemos momentos de pânico, de um governo realmente atípico em suas decisões. Ele veta o que não poderia e aprova o que não deveria: IOF, IR, CIDE e outras garfadas. Temos uma Petrobrás violentada até a alma, e o povo pagando pelos prejuízos causados pelo aparelhamento sem fim. Os malfeitos fabricados conscientemente surgem a cada instante aumentando a conta que o povo tem a pagar.

Para completar, em meio a esse momento de pacote de sacrifícios destinado à população, deputados e senadores, acintosamente, aprovam reajuste de seus próprios salários para a próxima legislatura, a partir de fevereiro. Os mananciais de recursos públicos estão sempre transbordando para a classe política, ao passo que, para o povo, vai faltar água, vai faltar energia, vai faltar emprego, vai faltar dinheiro, vai faltar segurança pública... Oh, recessão maldita!
       

Celso Pereira Lara

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

400-Perfis falsos na web

A proposta de criminalização dos perfis falsos na internet, a ser apresentada para votação nas duas Casas, representa o desejo do povo brasileiro. Entretanto, não se deve confundir com o controle social da mídia, uma proposta petista de pura censura, que também deverá ser apresentada brevemente.

Desde sempre, a utilização de perfis falsos (fake) na internet continua prosperando a céu aberto. Abrir diversas contas para uma mesma pessoa já é sinal de um plano mal intencionado, ainda que a pessoa tenha uma boa índole, reconhecidamente. As de mau caráter são mestres nesse tipo de enganação, ora apresentando-se com nomes e fotos diferentes. Assim como o CPF ou a Identidade com a foto, a sua identificação é para sempre ao abrir cadastro em qualquer lugar. Então, para que passar-se por outra pessoa?

Evidente que a criminalização de perfis falsos é, por todos, considerada muito oportuna. O Projeto de Lei 7758/14 visa “tipificar penalmente o uso de falsa identidade na rede mundial de computadores”, ou seja, proibir a criação dos famosos perfis fake, que atualmente estima-se tenha chegado a cem milhões.

Uma coisa são os hackers maldosos - crackers ou invasores do mal -, aqueles criminosos que de uma forma ou de outra invadem programas de computadores com a intenção de prejudicar; outra coisa são os perfis fake ou falsa identidade, aqueles criminosos que vivem no anonimato para colecionar informações e fotos de suas vítimas. Postagens de fotos dos filhos, dos familiares e amigos, tudo isso pode contribuir para o acervo dos bandidos. Na realidade, o que deveria ser motivo de alegria ou satisfação, acaba virando fato desagradável. 

   Notícia na web pode ser encontrada sob o título "Sequestrador diz ter planejado crime com informações de rede social", em que o criminoso relata como foi possível executar o seu plano em 10 dias.

A tendência na internet é mostrar cada vez mais, e ao vivo, os bons momentos por que passam os internautas, numa espécie de "se existo, tenho que provar". 

Os selfies estão em alta nas redes sociais da internet, porque eles podem ser divulgados em poucos segundos após os cliques, e muitos chegam acompanhados de nomes, localização, dia e horário, tudo aquilo que os bandidos esperam para em seguida aplicar os golpes de sequestro e extorsão. O perigo que existe na internet é o mesmo que existe nas ruas, mesmo porque os crimes cometidos em locais públicos ou nas residências, muitas vezes são baseados em informações colhidas da web. 

A fragilidade das redes sociais da internet é um problema que vem sendo solucionado aos poucos, apesar de demandar um árduo trabalho. Com a possível aprovação do projeto, ainda não teremos a segurança total, mas já é um grande passo a caminho de uma tão esperada internet mais segura.     


Celso Pereira Lara

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

398-Extintores

Todos já ouviram falar; a maioria não sabe utilizar;
muitos não sabem onde fica e nem se interessam por saber
do local ou aprender a manusear.
Mas ele é considerado muito importante pelas autoridades!

A pressa por fazer cumprir uma decisão acarretou transtornos aos donos de veículos automotores, já no primeiro dia de 2015, pelo fato de não haver a mercadoria para venda nos postos de combustíveis e lojas especializadas.

Trata-se de uma nova resolução, mas por falta do produto no comércio, o Denatran decidiu adiar por 90 dias a obrigatoriedade do uso do extintor de incêndio veicular com carga ABC. Estes são mais modernos e têm capacidade de combater princípios de incêndio em materiais sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos energizados. Então, somente a partir de 1º de abril os carros sem esse item de segurança poderão ser multados numa blitz.

A obrigatoriedade do uso de extintores do tipo ABC para veículos não passa de uma atitude apelativa, e somente no Brasil é levada a sério. Faz lembrar o kit socorro! Muitos não sabem onde fica, a maioria não sabe utilizar e muito menos se preocupa em aprender, apesar de estar em jogo a possibilidade de um incêndio em seu veículo, com eventuais consequências para os passageiros. Contudo, parece que ele só serve mesmo para ocupar espaço debaixo do banco!

Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil tal exigência já não faz mais sentido, considerando que os novos carros não apresentam riscos de incêndio, seja pela ausência do carburador ou pela presença de dispositivos de segurança do tanque de combustível.

O índice de incêndio acidental nos veículos está quase chegando ao zero. Infelizmente, não se pode exigir que os carros circulem somente com o seguro de cobertura total, como roubo, incêndio e colisão. Então, para que exigir o uso de extintor, para os veículos que estão cobertos pelo seguro privado?

     Um vídeo circulando na web mostra bem que esse extintor não apaga fogo nos bancos de carro. O teste foi realizado por bombeiros, houve dificuldades e o resultado foi um fracasso. Veja  https://www.facebook.com/celsopereira.lara/posts/407803599377160  Ou,  https://www.youtube.com/watch?v=KNLPr0hHpKc

      Melhor do que fiscalizar o uso de extintores modernos seria uma fiscalização rígida nos veículos em mau estado de conservação. Isto seria muito mais interessante. O que adianta esses veículos ficarem circulando com o novo extintor, enquanto a sua manutenção é precária nos outros itens de segurança, como freios, lanternas, limpadores, pneus, documentação etc.?


Celso Pereira Lara

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015