domingo, 21 de dezembro de 2014

395-O desembargo a Cuba

Raul Castro pretende manter o comunismo em Cuba, mesmo aceitando ajuda dos yankees, através da abertura do embargo econômico proposta por Obama. Trata-se de ajuda oferecida pelo governo americano, principal rival do governo cubano.

A manutenção da forma de governo em Cuba é algo inegociável, pelo menos é o que se sabe de seus ditadores. Governo que tem em essência o comunismo, fruto da revolução de 1959, liderada por Fidel Castro, não deve ser extinto tão facilmente pelos americanos, os quais determinaram o bloqueio econômico desde 1962.

Por que, então, o ditador cubano não foi capaz de recusar categoricamente a ajuda que seu rival tem a propor: o desembargo econômico? Ao aceitar, fica claro que o comunismo não subsiste sozinho. Ele não prospera, sucumbe ao longo do tempo, conforme Rússia e China. Na realidade, Cuba tem sobrevivido a duras penas com ajuda dos países socialistas e capitalistas, principalmente os da América Latina. Um grande exemplo de país que se preocupa com a ditadura cubana é o Brasil, através da realização de grandes obras de retorno financeiro para a ilha do Caribe. A isso, o Brasil chama de investimentos no exterior. 

Mesmo que haja a retomada das relações diplomáticas com os Estados Unidos, Cuba não renunciará ao comunismo, que foi conquistado com muitas mortes. Raul Castro deixou claro: "Dá mesma forma que nunca propusemos aos EUA para que mudem seu sistema político, exigimos respeito em relação ao nosso". Castro aceita encerrar o embargo econômico norte-americano que perdura há mais de 50 anos, mas não abre mão de sua ideologia, razão de viver dos tiranos de Cuba. Assim, teremos o surgimento do novo socialismo-capitalista-comunista em Cuba. Coisas do gênero só podem acontecer naquela ilha.

No regime comunista não pode haver prosperidade do povo, porque o governo é o maior provedor, o que torna a população totalmente dependente. O restabelecimento das relações diplomáticas, por mais que possam parecer eleitoreiras, tem um caráter humanitário, considerando que grande parte da população do Caribe passa necessidades.

No caso de haver acerto na diplomacia, a chance de o povo gostar do formato capitalista do governo americano é muito grande, e isso poderia levar os cubanos, em pouco tempo, a se rebelarem contra o governo do ditador Raul Castro, provocando manifestações de rua e causando desestabilização, devido aos clamores pelo fim do comunismo em Cuba.

Daí a importância de Obama tentar costurar a diplomacia na ilha - quem sabe, dotado de boas intenções -, para que, através de uma nova revolução, possa transformar Cuba num país de regime democrático e próspero?


Celso Pereira Lara

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