Raul Castro pretende manter o comunismo em Cuba, mesmo
aceitando ajuda dos yankees, através da abertura do embargo econômico proposta
por Obama. Trata-se de ajuda oferecida pelo governo americano, principal rival
do governo cubano.
A manutenção da forma
de governo em Cuba é algo inegociável, pelo menos é o que se sabe de seus ditadores.
Governo que tem em essência o comunismo, fruto da revolução de 1959, liderada
por Fidel Castro, não deve ser extinto tão facilmente pelos americanos, os
quais determinaram o bloqueio econômico desde 1962. 
Por que, então, o
ditador cubano não foi capaz de recusar categoricamente a ajuda que seu rival tem
a propor: o desembargo econômico? Ao aceitar, fica claro que o comunismo não
subsiste sozinho. Ele não prospera, sucumbe ao longo do tempo, conforme Rússia
e China. Na realidade, Cuba tem sobrevivido a duras penas com ajuda dos países
socialistas e capitalistas, principalmente os da América Latina. Um grande
exemplo de país que se preocupa com a ditadura cubana é o Brasil, através da realização
de grandes obras de retorno financeiro para a ilha do Caribe. A isso, o Brasil
chama de investimentos no exterior.  
Mesmo que haja a retomada
das relações diplomáticas com os Estados Unidos, Cuba não renunciará ao comunismo,
que foi conquistado com muitas mortes. Raul Castro deixou claro: "Dá mesma
forma que nunca propusemos aos EUA para que mudem seu sistema político, exigimos
respeito em relação ao nosso". Castro aceita encerrar o embargo econômico
norte-americano que perdura há mais de 50 anos, mas não abre mão de sua
ideologia, razão de viver dos tiranos de Cuba. Assim, teremos o surgimento do
novo socialismo-capitalista-comunista em Cuba. Coisas do gênero só podem acontecer
naquela ilha. 
No regime comunista não pode
haver prosperidade do povo, porque o governo é o maior provedor, o que torna a
população totalmente dependente. O restabelecimento das relações diplomáticas,
por mais que possam parecer eleitoreiras, tem um caráter humanitário,
considerando que grande parte da população do Caribe passa necessidades. 
No caso de haver
acerto na diplomacia, a chance de o povo gostar do formato capitalista do
governo americano é muito grande, e isso poderia levar os cubanos, em pouco
tempo, a se rebelarem contra o governo do ditador Raul Castro, provocando manifestações
de rua e causando desestabilização, devido aos clamores pelo fim do comunismo
em Cuba. 
Daí a importância de
Obama tentar costurar a diplomacia na ilha - quem sabe, dotado de boas
intenções -, para que, através de uma nova revolução, possa transformar Cuba num país de regime democrático e próspero?
Celso Pereira Lara
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