segunda-feira, 3 de novembro de 2014

389-Não se deve condenar ninguém

É muito fácil apontar, criticar, julgar ou condenar os outros.
Difícil, mesmo, é olhar para o nosso interior!

Mesmo que uma pessoa esteja errada ao apresentar suas ideias, o que pode ser rebatido por terceiros deve ficar apenas no campo das ideias, não no campo da desconstrução do personagem. Atacar a moral de uma pessoa é querer se mostrar um “ser superior”, acima do bem e do mal, coisa que é impossível a qualquer ser humano. 

Quantas vezes cometemos injustiças ao criticar outras pessoas? Só o ato de julgar alguém já é uma transgressão, algo condenável. Nós somos criaturas, hoje, inteligentes, racionais, capazes de discernir. Se nós não pudermos discernir, não convém nem nada! 

Na leitura de um texto, o que não presta, em parte ou no todo, deleta-se ou levanta-se a questão com o objetivo de esclarecer ou complementar o assunto tratado, mas não há necessidade de desqualificar ou mesmo condenar o autor pelo que ele pensa ou menciona de forma supostamente errada. Ou seja, para recusar uma ideia ou conceito não é preciso destruir uma pessoa, para provar que o seu é o mais inteligente ou verdadeiro!

A educação e a ética fazem parte da convivência na sociedade, e devem ser preservadas ad eternum. Caráter e respeito não se diz que tem; mostra-se com atitudes.  Há aqueles que preferem humilhar o adversário, antes mesmo de apresentar os argumentos contrários. Esses são, em essência, considerados arrogantes, pois não são gentis nem amáveis. Outros preferem complementar para enriquecer o assunto. E há aqueles que preferem nem dar palpites, mesmo discordando. Nesses dois últimos casos, prevalece a questão da educação, da humildade e do respeito. 

      A humanidade é bastante criativa na ação de humilhar. É o que mais se observa no dia-a-dia. E quando se discute futebol, então, o circo pega fogo: humilhações pra todo lado!

    As discussões sobre política também têm o seu lado perverso. Há os que defendem o seu partido (que não está nem aí para eles nem ninguém) como se estivesse conectado com a Fonte Divina.

Os petistas são os criadores e mestres desse tipo de ataque. Primeiro, ofendem o adversário, para depois tentar argumentar. Essa é uma prática que vem crescendo entre eles, quando o assunto é política. É como se quisesse vencer o opositor logo no primeiro round, sem dar chance a uma defesa. Utilizar-se dessa técnica é pedir para encerrar um assunto que ainda nem começou!

Segundo Freud, "os homens não são criaturas gentis e amáveis, e sim dotados de uma poderosa cota de agressividade". Se os homens são agressivos por natureza, então, a educação, a cultura, o equilíbrio mental e a fé ajudam muito no comportamento sadio e na convivência pacífica em uma sociedade.

Para que serve atacar outrem, valendo-se de ofensas escritas, quando na realidade o assunto nem lhe diz respeito? Ou será que o assunto não está escrito do jeito que ele gostaria de ler? 


Celso Pereira Lara

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