Ao menos isso seria bom demais para travar um pouco a volúpia de ministros do STF. Trata-se da PEC 8.
Mas é logico que tudo que venha a favorecer o povo, ou
que venha a tirar poderes dos togados, não merece reconhecimento dos
supermagistrados. É assim que se encontra a atual conjuntura política: manda
mais, quem pode mais. Sejamos democráticos!
A PEC-8/2021, do Senado federal, que limita decisões
individuais do Supremo Tribunal Federal, encontra-se em análise pelos ministros
da Corte. Qual ministro baixaria a cabeça, tal qual cordeirinho, para se
subjugar aos reclamos da sociedade ou de quem quer lá que seja?
O ministro Gilmar Mendes reprovou totalmente o teor dessa
proposta, e diz que "é preciso rechaçar esse tipo de ameaça de maneira
muito clara; essa Casa não é composta por covardes nem medrosos. O STF não
admite intimidações", e por aí vai com a sua tirania a toda prova. O Supremo
Tribunal Federal, totalitário, segue mostrando a seu poder de convencimento,
nitidamente ditatorial.
Nota-se perfeitamente o tom ameaçador das palavras de
Gilmar Mendes, direcionadas ao Senado federal. Faltou dizer: recolha-se à sua
insignificância!
O comportamento tirânico do togado representa o dos
demais ministros da Suprema Corte. Endeusaram-se tanto, nos últimos tempos,
através de decisões monocráticas inconstitucionais, com o respaldo do próprio
Senado, que agora fica difícil tentar aprovar qualquer proposta que venha a
prejudicar as más intenções dos supremos.
Gilmar Mendes assume que ele está lá para garantir o
Estado Democrático de Direito com todas as suas prerrogativas, nem que seja
obrigado a tratorar as outras instituições. Como guardião da Constituição que
eles dizem defender, atacam a tudo e a todos com a mesma ferocidade de um
crocodilo. Dane-se a Constituição!
Os poderosos ministros de toga sempre falando em defesa
da Carta Magna, entretanto, o que mais sabem fazer é desprezá-la em suas
decisões. São os tiranos togados. Faz lembrar o atual presidente ao massacrar a população pobre durante os 16 anos de PT, mas em sua campanha eleitoral promete acabar com a pobreza.
Pois é, haja óleo de peroba!
Celso Pereira Lara