sábado, 20 de fevereiro de 2021

573-Ditadura aprovada na Câmara

De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo. Ficou criado um precedente gravíssimo. Traição à Pátria!

Não posso deixar de dar o meu pitaco nesse acontecimento histórico que se passou na Câmara dos deputados, dia 19 de fevereiro de 2021. Histórico porque foi uma barbaridade praticada contra a democracia. Histórico porque 364 parlamentares preferiram sacrificar o deputado federal Daniel Silveira (PSL) – defensor de Bolsonaro – para se juntarem aos ministros tiranos do STF. Os deputados preferiram ficar submissos a onze carrascos, e a partir de agora, o país está sob o jugo de déspotas da Suprema Corte!

Os argumentos apresentados pelos parlamentares de esquerda, a favor da prisão, foram os mais rasos que se possam imaginar, numa demonstração de que o mais importante era condenar Daniel, sem se preocupar com os verdadeiros inimigos do Brasil: os onze ministros da Corte. 

Daniel foi preso por ter cometido crimes de ameaças verbais, segundo interpretação do STF e de seus aliados de esquerda. Pronunciamentos feitos por políticos e jornalistas de esquerda, denegrindo a imagem de ministros e do próprio Supremo, não são tratados como crime; ameaças veladas contra o presidente da República não são tratadas como crime inafiançável; a liberdade de expressão só vale para aqueles que defendem a esquerda. A sua condenação se deve, principalmente, ao fato de ser apoiador daquele que foi eleito pelo povo para governar o Brasil.

E o Senado vai continuar calado? A OAB não existe desde sempre!

O ministro Alexandre Moraes decide pela prisão de um deputado federal, que, por meio de um vídeo, ofendeu a "honra" dele e dos demais ministros da Suprema Corte. A partir daí, a discussão girava apenas em torno da figura do deputado, cujos antecedentes não agradavam a ninguém. Daniel Silveira foi totalmente desnudado! E os antecedentes de alguns ministros do STF não são também reprováveis, inclusive essa decisão de prisão?

O que todos (parlamentares, jornalistas e juristas) deveriam estar discutindo naquele momento era a inconstitucionalidade praticada por Moraes. Isso sim deveria ser o centro das discussões, inclusive, no Senado, a quem compete julgar os atos do STF.

O foco foi totalmente desviado! A OAB fica o tempo todo com a cabeça enfiada no chão!

Antes da votação na Câmara, o Senado teria que se manifestar a respeito da decisão autoritária e inconstitucional do ministro. Isso abre um gravíssimo precedente que levará à quebra do equilíbrio entre os poderes, e consequentemente à destruição do estado democrático de direito. Ou será que já não temos mais interesse pela democracia?

 A revelação de um traidor

Com ótima aprovação e muita popularidade nas redes sociais, Sérgio Meneguelli, que já foi elogiado por Bolsonaro, não tentou se reeleger à prefeito de Colatina-ES. Preferiu sair com méritos, em novembro de 2020. Contudo, ele demonstra inocência política, ao opinar sobre a prisão do deputado Daniel, condenando a atitude e as palavras que estavam gravadas em vídeo. Talvez por falta de conhecimento da realidade que se passa no poder jurídico atual. Quem sabe? Fato é que Meneguelli deixou a máscara cair, preferindo ficar junto de ministros que estão destruindo o estado democrático de direito. Tornou-se apenas mais um traidor.

 Um gesto de solidariedade

Parabéns, deputada Carla Zambelli, por ter lembrado do sofrimento, pelo qual a mãe do deputado federal, Daniel Silveira, deve ter passado no momento da votação na Câmara. Foi uma barbaridade praticada por políticos insanos!

 A República deixou de existir

Foi a cena mais deprimente a que assistimos no Congresso, após o fatiamento do impeachment da ex-presidenta Dilma, em que foi praticado por um ministro do STF, Ricardo Lewandowski, um ato inconstitucional nas barbas de todos e ficou por isso mesmo. A partir daí, tudo ficou mais fácil para os abutres do STF. Tantas barbaridades foram praticadas ao arrepio da lei.

Agora, vimos a prisão totalmente ilegal, inconstitucional, de um deputado, cuja votação na Câmara confirma a decisão arbitrária, monocrática, do ministro Alexandre de Moraes, a qual foi confirmada, em Plenária, pelos onze togados da Corte. O mesmo ministro que mandou prender o jornalista investigativo Oswaldo Eustáquio, da mesma forma, arbitrária e ilegalmente. Não existe mais a Constituição do Brasil, muito menos a democracia!

São esses 364 parlamentares canalhas que lutam para derrubar o Governo Bolsonaro.

Celso Pereira Lara




domingo, 14 de fevereiro de 2021

572- Atos repugnantes

Quando se pensa que a corrupção brasileira foi aniquilada pela Lava Jato, eis que ela ressurge das trevas em plena pandemia da Covid-19, contribuindo para elevar o número de mortes de pessoas infectadas pelo vírus. 

      Os escândalos do Mensalão, do Petrolão e de outros envolvendo desvios de bilhões de reais dos cofres públicos, pareciam ter deixado a lição de que o crime não compensa, após a condenação de seus mentores e de participantes desses esquemas. Que haveria uma mudança de mentalidade. Entretanto, sabemos que a oportunidade é que faz o corrupto aparecer, ainda mais quando se trata de grande quantidade de dinheiro que deveria ser destinado a combater o coronavírus.

As denúncias de sumiço de 60 mil doses da vacina Coronavac, no Amazonas, dão a exata dimensão do quão os criminosos são capazes para executar o seu intento. O momento exige um esforço de todos para conter a pandemia, mas para eles o melhor é tratar de seus próprios interesses, numa atitude que chega a causar mal-estar nos cidadãos de bem.

O desvio de verbas milionárias que seriam para o combate ao coronavírus, envolvendo falsas compras de respiradores ou compras superfaturadas, bem demonstra o instinto asqueroso de alguns governadores e prefeitos, sedentos pelo poder e com o objetivo de levar para a sua casa o dinheiro do povo. Não foi para isso que esses políticos foram eleitos, e nas próximas eleições eles serão lembrados e não perdoados por seus eleitores. O que fizeram foi um verdadeiro festival de roubalheiras. Um "Covidão" na pandemia!

Nem o auxílio emergencial - benefício financeiro concedido pelo Governo federal aos trabalhadores informais para o enfrentamento da crise - conseguiu escapar das fraudes milionárias praticadas por organizações criminosas em diversos estados.

No baú das crueldades praticadas contra a população encontram-se as mais sofisticadas formas de aplicar o golpe. Um exemplo é a venda de imunizantes falsificados contra a Covid-19 pela internet. Trata-se de mais um componente da maldade que, na prática, afeta a vida dos compradores que buscam soluções imediatas para a sua sobrevivência ao coronavírus. A comercialização de vacinas falsificadas revela o quanto o brasileiro ainda tem que aprender para viver numa sociedade responsável, seguindo os princípios da irmandade. Essa prática ilegal exige um combate rigoroso e punição de seus autores. O imunizante é gratuito e distribuído nos postos do SUS. Vacina pirata, não!

Outro exemplo é um fato surreal, em que as seringas sem o imunizante foram aplicadas em idosos, o que revela o quanto de maldade existe na mente de alguns profissionais que trabalham para salvar vidas. Espetam o braço da idosa, que está ávida pela vacina, fingem apertar o êmbolo, retiram a agulha do braço e colocam um pedaço de algodão no local da perfuração. É o fim da picada! Há casos em que a técnica de enfermagem pede: "A senhora olha pra lá", antes de fingir aplicar a vacina. Quanta prática maquiavélica! Tudo isso gravado em vídeo, pasmem! Possivelmente, os frascos cheios seriam levados para os familiares dos técnicos ou, então, vendidos de alguma forma. Seringa vazia, não!

Não bastassem os casos chocantes citados, temos ainda os que usam de seu prestígio para furar filas na vacinação, mesmo sem ter vínculo laboral com a unidade de saúde. O jeitinho brasileiro está sempre vivo em qualquer situação. Os espertinhos são aproveitadores de uma situação de caos coletivo, causada pela trágica pandemia, que visam benefícios individuais ilegítimos. É uma classe de gente insensível ao sofrimento das pessoas que em desespero buscam proteção na vacina.

Não fossem esses atos extremamente repugnantes, condenados pela sociedade, com certeza milhares de vidas poderiam ter sido poupadas.

Celso Pereira Lara

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021