Que nas próximas eleições predomine a sabedoria dos eleitores!
Políticos comem pastéis junto ao povo, prometem coisas magníficas, mas
depois de eleitos nada fazem! Já se foi o tempo em que eram chamados de
legítimos representantes do povo. Vivem de falácias, de hipocrisia, enquanto os
seus eleitores lhes dão mais um voto de confiança a cada eleição. O que existe
é uma política nefasta, que prefere manter o povo na desgraça para poder vender
esperanças. Triste realidade!
Vivemos num país em que os políticos criminosos recebem
todo tipo de proteção, seja do próprio foro privilegiado, seja do abrigo de
seus pares nas Comissões da Câmara ou do Senado, do travamento das
investigações, da prescrição de processos e outras formas de evitar punições.
Ou, então, quando são julgados e condenados à prisão, conseguem a soltura por
meio de decisões arbitrárias da mais alta Corte. Um verdadeiro incentivo à
roubalheira! E as constantes investidas para exterminar a Lava Jato são a prova de
que a prevalência da impunidade tem um valor incalculável para os criminosos. 
Lula, que prometeu combater os malfeitos, permitiu que
desviassem recursos bilionários dos cofres públicos durante os seus mandatos.
Recentemente, na Câmara, o PT, o PCdoB e o PSOL acabaram de mostrar sua
verdadeira face, ao votarem contra um Projeto de Lei que dobra penas para
crimes de corrupção durante a pandemia. 
Nessa crise pandêmica, a corrupção se revelou descarada,
garantida pela certeza da impunidade. Logo no início da quarentena, o grande medo que
pairava no pensamento das pessoas, principalmente no dos comerciantes, era o
fato de que, com a decretação de lockdown, os mais necessitados iriam invadir
os comércios em busca de alimentos, por causa da fome e desemprego. Entretanto,
o que vimos foi um fato inacreditável: alguns governadores e prefeitos
aproveitaram-se da oportunidade para saquear, em torno de 60% da verba federal,
por meio de compras superfaturadas ou supostas compras. 
Desvio de verbas é, acima de tudo, desvio de caráter, um
mal que ainda carece de cura. O corrupto está sempre atento e, aonde tem
movimentação de dinheiro, ele aguarda uma oportunidade para se manifestar. A
sua cura não depende de uma vacina produzida em laboratório nem de um remédio
de comprovação científica; o melhor combate à corrupção está na renovação dos
políticos. Esse é o antídoto a ser aplicado, e depende, apenas, dos eleitores
nos próximos pleitos
A sensação de impunidade atribuída aos políticos tem reflexos em toda a sociedade, principalmente entre aqueles que praticam crimes de violência ou contrabando de armas e drogas. Para esses criminosos, quanto maior a corrupção e a desordem jurídica instalada no governo, melhor é a sua atuação na criminalidade. Não bastasse tudo isso, o direito dos marginais, agora, chegou a atingir o pico da curva do inacreditável, ao ser sacramentado por uma decisão da mais alta Corte de Justiça do país. E, com esse fato, os bandidos comemoram uma vitória jamais vista no submundo do crime. Uma decisão - saída de uma votação realizada de forma eletrônica no plenário virtual - que impõe restrições a operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro, tais como limite ao uso de helicópteros e proibição de bases operacionais.
Dessa forma, a população carioca fica jogada à
própria sorte, enquanto a bandidagem do tráfico de drogas e armas cresce
livremente e tem o seu faturamento aumentado e garantido. Além de tudo, abre
espaço para guerra entre facções. Todo o trabalho desenvolvido na segurança do
Rio de Janeiro, que contou com a ajuda de militares do Exército, foi jogado no
lixo por essa decisão motivada por uma ação apresentada pelo PSB, para limitar
a atuação policial devido à crescente letalidade nas operações. Ou seja, os
policiais estavam matando bandidos demais, então, era preciso conter as
estatísticas!
Celso Pereira Lara