segunda-feira, 2 de setembro de 2019

546-Pedir socorro é legítimo

Um país controlado por inimigos da República – eleitos pelo povo que se deixou enganar através de seu voto –, que atuam no Congresso, em conluio, impedindo o avanço dos planos do Executivo. Assim está o Brasil.

A oposição está com os seus canhões apontados e a disparar suas maldades contra os alvos chaves do governo, com o objetivo de destruir a governabilidade de um presidente eleito democraticamente nas urnas. O inconformismo pela derrota não permite que os opositores fiquem acomodados até as próximas eleições. Para eles, resistir é o fundamental, e a resistência se encontra em todos os poderes da República! 

O que os parlamentares têm feito ultimamente é um verdadeiro acinte ao povo brasileiro de bem, ao utilizarem-se de artifícios asquerosos contra as pautas do governo importantes para o país, como a reforma da Previdência e o Projeto Anticrime. Por outro lado, o PL Abuso de Autoridade – projeto cabuloso, apresentado no Senado por Renan Calheiros –, é nitidamente uma vingança contra a Operação Lava Jato! Fazendo-se de vítimas de perseguição política, deputados aprovaram o texto de forma sorrateira, pois tinham a certeza de que as investigações chegariam também até eles.

A insegurança jurídica atormenta a todos. Ministros togados julgam ao sabor de interpretações casuísticas, quando na verdade suas atribuições jamais poderiam se sobrepor ao império da lei.  Há uma quebra constitucional irreversível, praticam um totalitarismo na democracia que eles próprios afirmam defender, enfim, um golpe de estado consolidado! É muito assustador ver tudo isso acontecendo simultaneamente nos poderes legislativo e judiciário, com objetivos claros de rebaixar a governabilidade do presidente. Parece uma conspiração! Ainda há quem diga que temos instituições maduras, plenamente funcionando. Funcionando para quem? Estão corroendo os pilares da democracia, e a paciência do povo já está atingindo o limite do suportável. Até quando o governo ficará refém da maldade daqueles que presidem os poderes, se os golpes aplicados em nome da resistência estão cada vez mais ofensivos à democracia?  

Grande parte da população brasileira absorveu os efeitos pedagógicos daqueles que costumam dizer que ficam arrepiados só em pensar no tempo dos governos militares. Quanto mais quando se ouve alguém dizer que a intervenção militar se faz necessária na atual conjuntura. Tortura nunca mais, diriam eles convictos e raivosos, denunciados pela expressão facial e pelo tom das palavras! Golpistas e fascistas seriam gritados, certamente.

O regime militar pode ter sido tenebroso, sombrio para algumas centenas de militantes na política, diretórios acadêmicos, sindicatos e outras agremiações de domínio político-partidário, assim como os próprios parlamentares suspeitos de atuação em movimentos subversivos. Talvez tivessem sido vítimas de suas intenções nada democráticas, diferentemente do restante do povo brasileiro que seguia a vida normal, trabalhando e produzindo para o país, como se o regime “ditatorial” não existisse, apenas a ordem e o progresso. Essa é a grande diferença!

Na atual conjuntura, o Senado não ousaria impedir que o Supremo continue extrapolando de seus limites de maneira autoritária, e, dessa forma, a responsabilidade recairia sobre as Forças Armadas, que, dentre outras atribuições, destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. Lembrando que, em 1968, o presidente Costa e Silva cassou três ministros do STF por concederem habeas corpus a criminosos comunistas.

As pressões das manifestações de rua e das redes já não surtem mais os efeitos desejados, tanto é que os opositores ao governo continuam agindo deliberadamente. Alguns se fazem de cegos e surdos; outros ousam debochar. Então, chegará o dia em que a população indignada, de tanto sofrer humilhação, vai clamar por socorro às forças federais, para restabelecer o verdadeiro estado democrático de direito.    

Celso Pereira Lara