Um país controlado por inimigos da
República – eleitos pelo povo que se deixou enganar através de seu voto –, que
atuam no Congresso, em conluio, impedindo o avanço dos planos do Executivo. Assim
está o Brasil.
A oposição está com os
seus canhões apontados e a disparar suas maldades contra os alvos chaves do
governo, com o objetivo de destruir a governabilidade de um presidente eleito
democraticamente nas urnas. O inconformismo pela derrota não permite que os
opositores fiquem acomodados até as próximas eleições. Para eles, resistir é o
fundamental, e a resistência se encontra em todos os poderes da República!  
O que os parlamentares
têm feito ultimamente é um verdadeiro acinte ao povo brasileiro de bem, ao
utilizarem-se de artifícios asquerosos contra as pautas do governo importantes
para o país, como a reforma da Previdência e o Projeto Anticrime. Por outro lado,
o PL Abuso de Autoridade – projeto cabuloso, apresentado no Senado por Renan Calheiros –, é nitidamente uma vingança contra a Operação Lava Jato! Fazendo-se
de vítimas de perseguição política, deputados aprovaram o texto de forma
sorrateira, pois tinham a certeza de que as investigações chegariam também até
eles.
A insegurança jurídica
atormenta a todos. Ministros togados julgam ao sabor de interpretações
casuísticas, quando na verdade suas atribuições jamais poderiam se sobrepor ao
império da lei.  Há uma quebra
constitucional irreversível, praticam um totalitarismo na democracia que eles
próprios afirmam defender, enfim, um golpe de estado consolidado! É muito assustador
ver tudo isso acontecendo simultaneamente nos poderes legislativo e judiciário,
com objetivos claros de rebaixar a governabilidade do presidente. Parece uma
conspiração! Ainda há quem diga que temos instituições maduras, plenamente
funcionando. Funcionando para quem? Estão corroendo os pilares da democracia, e
a paciência do povo já está atingindo o limite do suportável. Até quando o
governo ficará refém da maldade daqueles que presidem os poderes, se os golpes
aplicados em nome da resistência estão cada vez mais ofensivos à democracia?   
Grande parte da
população brasileira absorveu os efeitos pedagógicos daqueles que costumam
dizer que ficam arrepiados só em pensar no tempo dos governos militares. Quanto
mais quando se ouve alguém dizer que a intervenção militar se faz necessária na
atual conjuntura. Tortura nunca mais, diriam eles convictos e raivosos,
denunciados pela expressão facial e pelo tom das palavras! Golpistas e
fascistas seriam gritados, certamente. 
O regime militar pode
ter sido tenebroso, sombrio para algumas centenas de militantes na política,
diretórios acadêmicos, sindicatos e outras agremiações de domínio
político-partidário, assim como os próprios parlamentares suspeitos de atuação
em movimentos subversivos. Talvez tivessem sido vítimas de suas intenções nada
democráticas, diferentemente do restante do povo brasileiro que seguia a vida
normal, trabalhando e produzindo para o país, como se o regime “ditatorial” não
existisse, apenas a ordem e o progresso. Essa é a grande diferença! 
Na atual conjuntura, o Senado não
ousaria impedir que o Supremo continue extrapolando de seus limites de maneira
autoritária, e, dessa forma, a responsabilidade recairia sobre as Forças
Armadas, que, dentre outras atribuições, destinam-se à defesa da Pátria, à
garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da
lei e da ordem. Lembrando que, em 1968, o presidente Costa e Silva cassou três
ministros do STF por concederem habeas corpus a criminosos comunistas. 
As pressões das manifestações de
rua e das redes já não surtem mais os efeitos desejados, tanto é que os
opositores ao governo continuam agindo deliberadamente. Alguns se fazem de
cegos e surdos; outros ousam debochar. Então, chegará o dia em que a população indignada, de
tanto sofrer humilhação, vai clamar por socorro às forças federais, para restabelecer o verdadeiro estado
democrático de direito.    
Celso
Pereira Lara