terça-feira, 22 de dezembro de 2015

440-A máscara do petismo

Controlando a imprensa, comprando o legislativo e dominando o judiciário, pode-se dizer que não resta mais nada a fazer. Esse é o plano em andamento neste país.

Um observador mais atento diria que o plano está quase completo. Isso porque o governo petista está utilizando as mesmas táticas para implantar o socialismo bolivariano no Brasil. Na América Latina, o principal financiador do projeto do Foro de São Paulo, hoje, é sem dúvida o Brasil. Através do controle das empresas públicas, como Petrobras e BNDES, em parceria com empresários e banqueiros, recursos bilionários são desviados para a manutenção do governo petista no poder e, principalmente, ajudar os países socialistas em dificuldades, os mesmos que integram o Foro de São Paulo.

Também através do controle das instituições de poder, os atos do governo, que fazem parte do projeto daquele Foro, são aprovados com bastante facilidade, tanto no Congresso quanto no STF. Por outro lado, a dominação das instituições se presta a impedir o prosseguimento de tudo aquilo que possa prejudicar os projetos do governo ou colocar em risco a sua permanência no poder.

A grande imprensa também não escapou das garras petistas. Controlar os meios de comunicação é o principal objetivo do petismo. É demais preocupante o que vem acontecendo com a liberdade de expressão, seja na internet, nos jornais ou nas revistas. Na revista VEJA, por exemplo, considerada de forte oposição - com reportagens de primeira mão e verdadeiras -, dois jornalistas muito conceituados foram demitidos em menos de um mês, pelo fato de que suas análises, política e econômica, estariam extrapolando os limites da revista. Por isso, deveriam ter sido moderadas, a pedido não se sabe de quem (de forças do governo, lógico). Caso similar aconteceu com a executiva do Santander, que foi demitida e insultada por Lula, por alertar clientes sobre piora na economia com a reeleição de Dilma. Foi demitida por cumprir seu papel e dizer a verdade. Isso é democracia? Para ficar somente nesses dois exemplos!

Mesmo tendo perdido o apoio popular, tanto a presidente quanto o ex-presidente e o PT, ainda assim percebe-se o quanto é forte o poder que existe dentro da estrutura do governo. Um exemplo recente é a constatação de que o relator da Comissão recomenda a aprovação com ressalvas das contas de 2014, mesmo com as pedaladas condenadas pelo TCU, por constituir crime de responsabilidade fiscal. Uma afronta aos poderes da República.

As raízes fincadas em todos os setores de governança atingiram proporções e profundidades nunca vistas na história da humanidade, e tudo isso já fazia parte da cartilha do petismo, desde o primeiro mandato. Tanto é que as manifestações de desagrado, nas ruas, parecem não incomodar a ninguém do Planalto e do Congresso, pelo menos é o que se revela nítido. O povo esperneando e os políticos fazendo ouvidos moucos.

Os partidos de esquerda, como PTB, PT, PSOL, PDT, PTB, PSTU, PPS, PSB, REDE, e as duas legendas que se intitulam bastiões do comunismo no Brasil, PC do B e PCB, são partes íntimas do PT, rezam, portanto, da mesma cartilha, respiram do mesmo oxigênio e comem do mesmo prato. Enfim, formam um só corpo.

Um governo que só governa por meio de Medidas Provisórias não é um governo democrático. Presidentes que enriquecem a própria família, enquanto afundam o país e deixam o povo na miséria, não merecem o apoio do povo.

O Brasil está caminhando em direção ao populismo autoritário, seguindo a tendência de uma parcela da América Latina. Primeiramente, quebrando o setor privado, em seguida, amordaçando a liberdade de expressão, e depois confundindo os direitos humanos. Como forma de garantir o populismo autoritário, o petismo buscou conquistar o apoio popular, através dos programas de distribuição de comida e dinheiro. Aliás, são programas que, antes de assumir o poder, o PT os combatia abertamente, por classificá-los de eleitoreiros.  A questão é que essa política não gera riqueza ao país. A falácia de que a condição do pobre melhorou não dura muito tempo, e logo vem à tona a dura realidade, mostrando que os beneficiários ainda permanecem pobres, porque não terão boas opções de emprego com uma economia desarrumada. Portanto, a ascensão social dessa classe é nula. Todavia, para os governantes, manter a população na pobreza é interessante porque isso lhes garante a sustentação política de que precisam. Assim, grande parte da população brasileira está condenada a ser mantida na pobreza. O petismo é além de tudo sustentado pela hipocrisia.

O uso da democracia para acabar com a democracia é uma estratégia adotada pelos populistas ligados ao Foro. Tanto é que nos discursos presidenciais observa-se a repetição da palavra democracia em cada parágrafo. Conduz-se o país com medidas antidemocráticas, mas faz questão de dizer que a democracia está sendo fortalecida nesse governo. E qualquer atitude tomada contra as medidas do governo faz com que surjam frases do tipo "querem destruir a democracia" "é golpe" e tantas outras. É a glorificação da falsa democracia. Entretanto, ultimamente, tem surgido golpe atrás de golpe, por meio de Medidas Provisórias, mas todas favorecendo o ideário do petismo, sem que o povo - por falta de informação ou visão política - perceba que o domínio dos poderes do governo vem se agigantando vertiginosamente.

Estarrecidos, assistimos a locomotiva Brasil se arrastando sem força para subir e sem freio a caminho do abismo, e, nesse contexto, a oposição - pela falta de coragem para enfrentar com mais energia ou porque prefere ficar em cima do muro assistindo o desenrolar do impeachment que nunca chega -, certamente não sairá com a alma imaculada na avaliação a ser feita pelo povo.

Presenciamos um processo de dominação já muito avançado e de difícil retorno. Muitos ainda não percebem o caminho enviesado que o Brasil está seguindo. Talvez por acreditarem ainda nas falsas promessas petistas de erradicar a fome e a miséria, entendem que também vale a pena considerar as novas e falsas promessas, os crimes de responsabilidade fiscal e o caos institucional, tudo em nome da causa. Promessas que já se perderam de vista.

Celso Pereira Lara

domingo, 20 de dezembro de 2015

439-Esperar é o que nos resta

 É desesperadora a situação deste país, e os que lutam por um Brasil melhor sofrem angustiados com os pífios resultados de suas investidas.

Por mais que se publiquem informações desastrosas do governo, muito pouco se vê como resultado da indignação popular. Milhões de brasileiros endividados, sofrendo com a inflação, desemprego, insegurança nas ruas, degradação na saúde, país sem crescimento, cada vez mais rebaixado no conceito credibilidade etc. O caos nos poderes, dilapidação ética e moral na política... Enfim, um governo envolvido em corrupção, e os políticos sem o menor pudor permanecem em seus postos de comando, liderando uma quadrilha dentro do Congresso, de forma bem explícita e mostrando o quanto ainda os eleitores não sabem votar ou o quanto estão sendo enganados.

O gigante acordou faz tempo, conforme se constata nos índices de popularidade da presidente, todavia, na prática, ele permanece na cama, a espera não se sabe do que. As manifestações contra o governo são feitas aos domingos, ao contrário daquelas que defendem o governo e que, ironicamente, são compostas por desempregados. O povo mais esclarecido e lutando pela salvação do país já está cansado de participar das manifestações de rua, porque não vê nenhum resultado imediato, e são poucas as perspectivas de sucesso. Não importa se a quantidade de manifestantes está aumentando ou diminuindo, pois isso não modifica a quantidade de crimes cometidos pela presidente e sua equipe.

 Ah, dizem, somente o povo nas ruas é capaz de pressionar a aprovação disso ou daquilo! A população faz manifestações a favor do impeachment, entretanto, o STF por várias vezes suspende o andamento de pedidos na Câmara. Uma intervenção deslavada, um golpe por definição!  Verdadeiro ping pong no trato das questões de relevância para o Brasil, uma afronta ao povo brasileiro e uma demonstração de que prevalecem os interesses políticos.

A esperança de mudar este governo fica sempre para a próxima manifestação. Já anunciada para o dia 13 de março de 2016, espera-se que ela seja mega e culmine o impeachment da presidente. Será mesmo?

Recentes pesquisas Datafolha mostram que houve sinais de recuperação da imagem da presidente Dilma. Pasmem! Uma melhoria modesta nas duas últimas. O que dizer disto? Os entrevistados nas pesquisas, em sua maioria, devem estar muito satisfeitos com tudo o que vem acontecendo nos governos petistas - se é que eles acompanham as notícias -, porque o eleitor que tem um mínimo de percepção política não estaria concordando com toda essa bagunça governamental que ocupa espaço nos jornais e mídias.

O estafante esforço do japonês da Polícia Federal acaba sendo minimizado, tornando-se irrelevante diante dos descaminhos das prisões efetuadas. Como prova de que tudo o que vem sendo feito até agora não tem valor nenhum, novamente, por decisão da justiça, o Natal e Ano Novo serão comemorados com pompa e circunstância nas residências dos envolvidos e presos na operação Lava-jato.

Que venham as Olimpíadas de 2016, os campeonatos de futebol e tantos outros entretenimentos de agrado do povo, pois devem ser mais importantes que o futuro do Brasil.

Celso Pereira Lara

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

438-Manifestações de rua no dia 13

Impeachment não é golpe!

O dia 13 deverá ser marcado por manifestações populares nas ruas das grandes capitais e interior do país, e muitas cidades já confirmaram suas participações, principalmente Brasília. Será um evento de grande importância histórica, considerando que a concretização do impeachment depende exclusivamente da pressão popular.

Está, portanto, nas mãos do povo o dever de exercer a livre manifestação, enquanto governo democrático. Mais do que nunca, a participação dos cidadãos nas ruas tem o caráter de compromisso com um Brasil melhor, aquele que todos almejamos, livre das amarras ditatoriais da desgovernança petista que tanto nos têm afligido.

O impeachment em andamento – agora suspendido pelo STF - corre sério risco de se transformar em pizza (isso sim é golpe e sabemos do que eles são capazes), mas desta vez não se pode permitir que o esforço da população nas manifestações anteriores seja jogado no lixo. No próximo domingo, as ruas deste país deverão estar bem cheias, numa demonstração de que o povo não está satisfeito com tudo que este governo tem feito, por isso exige a mudança de presidente.

O governo não pode desafiar o povo, principalmente num momento de total falta de credibilidade e conturbações políticas. A falta de compromisso com a população é patente, e o povo não pode continuar submisso aos descontroles de uma governanta que está conduzindo o Brasil para o abismo.

A situação hoje é gravíssima, os deputados black-blocs  do PT e aliados quebraram 10 urnas no Congresso para tentar controlar a Comissão do Impeachment, numa demonstração de força física - e na marra -, contudo, não foi possível conquistar no voto.

O que se espera é que no próximo domingo a resposta do povo seja decisiva para o desfecho da trajetória política. Isso não é golpe, é impeachment.  

Celso Pereira Lara