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quinta-feira, 17 de setembro de 2015
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
425-Uma fortaleza plantada em Brasília
Mesmo tendo todo o cuidado de se cercar com placas
metalíferas, Dilma abre comemorações do 7 de Setembro sob vaias em Brasília. 
Teria sido o Muro de
Berlim ressuscitado? Não, apenas um muro construído com material resistente, para
separar a presidente reeleita dos manifestantes que se apresentam contra o seu
governo. Tal empreitada acintosa não foi suficiente para conter a indignação da
plebe. Literalmente, uma blindagem da presidente que vem sendo afastada cada
vez mais de seus eleitores. 
A muralha metálica
foi levantada com a intenção de separar o povo do Governo, revelando, assim,
que o Governo cuida dos interesses políticos, e o povo que se lasque. 
O fato de a
presidente erguer um anteparo de metal, na Esplanada dos Ministérios, contando
ainda com um forte esquema de segurança policial para garantir a sua
participação em evento cívico em seu país, vem demonstrar que já passou da hora
de deixar a Presidência da República. A renúncia seria muito mais elegante.
Quando um presidente teme o seu povo, por coerência ele deixa de ser um
governante e passa a ser um farsante. 
O Dia da
Independência do Brasil foi comemorado sem liberdade de manifestação, enquanto
o Grito do Ipiranga foi substituído pelo grito "Fora Dilma", ao som
do colheraço ecoado no desfile militar e nos ouvidos da Chefa do Executivo. As
Forças Armadas cumpriram o seu dever cívico-militar do 7 de setembro, cercadas
pelo muro da vergonha, todavia ao povo não foi dado o direito de participar desse
evento de grande importância histórica.
Do lado de fora, nos
protestos, as atrações ficaram por conta dos gigantescos bonecos “pixuleco” e “pixuleca”,
enquanto a solenidade cívica acontecia dentro do cercadinho. 
Muros de chapas de
aço foram instalados em Brasília para proteger Dilma dos manifestantes no 7 de
setembro. Uma prova de que a presidente mantém contato com o povo à distância.
Governo popular assim só se for virtual. A democracia petista é, realmente,
cabulosa! Nem no governo militar – do qual os petistas tanto falam mal - houve
um isolamento dessa magnitude. Quem sabe esses muros ficarão para sempre?  Ou, ainda que eles sejam retirados, a
segregação entre este governo e o povo jamais será desfeita. 
Placas de aço que
protegem Dilma impedem o direito de ir e vir do cidadão do povo. Um absurdo!
Isso é pior do que uma greve de trabalhadores que reivindicam, justamente, a
recomposição salarial garantida pela Constituição. Mas isso os defensores do
governo condenam e agem com truculências. É bem típico do atual governo reprimir
com mão de ferro.
A democracia está
sendo desrespeitada, vilipendiada em todas as suas formas, e isso é um grave
atentado. É um golpe! O acesso de pessoas que desejam fazer manifestação contra
a presidente não foi permitido pelos seguranças do Planalto; somente pessoas
simpatizantes de Dilma puderam ter presença garantida no local do evento. 
Mesmo se dizendo uma
democrata, Dilma não gosta de ouvir a voz do povo nas ruas, por isso ela transformou
Brasília em um bunker nazista, onde somente os petralhas estão autorizados a
entrar. Que vergonha, a capital federal mais parece uma zona de guerra. Eis o
partido do povo que tanto ama os pobres!
Acuada, a presidente
preferiu comparecer à solenidade protegida por uma muralha quilométrica. Um
sete de setembro marcado pelo isolamento da presidente. Assim, ela declara ao
mundo que seu povo não a respeita como governante. Uma confissão explícita!
Nunca antes na
história deste país se viu uma comemoração da Independência tão afastada do
povo. Se foi, de fato, para manter distância das possíveis manifestações de
protesto, teria sido melhor não comparecer ao ato cívico. Foi um tiro no pé, e
a população não deixou por menos. Como se fossem panelas, as placas de metal da
muralha petralha serviram para ecoar o colheraço, e ao final das comemorações a
muralha foi derrubada pelos barrados no baile. E Dilma ainda classifica os
manifestantes de elite branca e golpistas! 
Celso Pereira Lara
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