domingo, 30 de agosto de 2015

424-Manifestações do dia 20




Fato inédito acontece na história política brasileira. Defensores do Governo (democrático) - os chamados movimentos organizados -, vão às ruas em defesa da manutenção do mandato da presidente, em oposição às manifestações do dia 16, em que o povo ocupou 25 estados e a capital federal pedindo a renúncia ou impeachment. 

A quantidade de apoiadores foi pequena, na mesma proporção dos atuais índices de aprovação divulgados (7%). As ruas só não estavam mais vazias porque os defensores da democracia, para comparecerem, tiveram que ser brindados com pequena ajuda financeira e um sanduíche de mortadela. 

Lógico que foi uma manifestação espontânea, com direito a caravanas de ônibus fretados, farta distribuição de camisas vermelhas e faixas, e ainda houve pessoas que, ao serem entrevistadas, respondiam não saber por que estavam lá. Esteve presente, também, um partido de esquerda radical criticando medidas do Governo, além de alguns militantes mais agressivos defendendo a utilização de armas, se fosse preciso. Uma verdadeira Torre de Babel.  Contudo, o presidente do PT comemorou: Foi um sucesso! O quê, o "Mortadela Day"? 
 
Celso Pereira Lara

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

420-Abusos persistem – acidentes triplicam em JF




Se bebida fosse bom não haveria tanto desastre no trânsito.

Podemos afirmar que a Lei Seca foi uma grande conquista da sociedade nos últimos tempos, embora os índices de acidentes continuem alarmantes.

Aprovada em junho de 2008, a Lei Seca deixava uma brecha que favorecia os infratores: o teste do bafômetro. Bastava o condutor do veículo recusar o teste e ele não seria autuado por dirigir embriagado. Por causa disso, a partir de dezembro de 2012, a lei sofreu modificações radicais: determina outros meios, além do bafômetro, para serem utilizados para provar embriaguez do motorista. O texto também prevê aumento da multa para R$ 1.915,30, além de recolhimento da habilitação e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. E o mais importante é que, de acordo com as necessidades, a norma poderá sofrer adaptações e tornar-se mais rígida. Esse é o grande fator.

Embora os consumidores de bebidas alcoólicas, inconformados com essa proibição, continuem a demonstrar que não se intimidam por nada, certamente eles só têm a perder, caso sejam parados por uma blitz ou por um desastre. A mudança de comportamento se faz necessária e os policiais da fiscalização no trânsito não estão para brincadeira: aos infratores, a lei. Essa norma proibitiva apresenta dois benefícios à sociedade: um, o de tentar corrigir a irresponsabilidade praticada pelo motorista ao dirigir em estado de embriaguez; o outro, o de tentar conscientizar o motorista e a população em geral, quanto aos efeitos do álcool.

Como prova da falta de consciência e de responsabilidade, há motoristas que dirigem até com garrafas de bebidas etílicas dentro do próprio veículo. A relutância por parte desses motoristas é natural, da mesma forma quando foi criada a obrigatoriedade para o uso do cinto de segurança. No início, muitos contestaram, foram multados, mas hoje em dia quase todos seguem a norma. A comparação é quanto ao cumprimento da lei e os efeitos de sua conscientização.

O que levou à criação da Lei Seca foram os altos índices de acidentes provocados por motoristas embriagados. Foram desastres horríveis, que carregaram em seu bojo muitas vidas inocentes. A ocorrência desses casos aumenta nas datas festivas como  Ano Novo, Carnaval, e até no Natal e na Semana Santa.

Ao que parece, para quem gosta mesmo de bebidas, tudo é motivo para comemoração. Se estiver fazendo calor, vamos tomar uma geladinha. Se estiver fazendo frio, vamos tomar uma para esquentar. Se o time de futebol venceu, vamos tomar uma; se perdeu, vamos tomar duas. E assim bebe-se o ano inteiro, sem que se perceba. Há os que bebem pouco, os que bebem muito e os que nada bebem. Quanto aos que não bebem, a qualidade de vida deve ser bem melhor e por isso lutam para se manter com saúde. Os que bebem pouco conhecem o seu limite. Os que bebem muito preferem assim e por isso continuam a beber cada vez mais, sem limites, não admitindo que ninguém os faça parar ou mudar de ideia. Talvez, neste momento, por petulância, estejam bebendo e fazendo um brinde à Lei Seca.

Celso Pereira Lara