quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

406- Tentar silenciar também é golpismo!

O impeachment que está a caminho não nasceu do nada. É fruto de um festival de escândalos de corrupção bilionária que envolveu os últimos governos. E isso é o bastante!

Não dá para comparar com o governo Collor, que foi afastado por muito menos, entretanto, o que se observa no governo do PT é, indiscutivelmente, o maior mercado de corrupções jamais visto na história universal.

Os simpatizantes, militantes ou defensores do governo rotulam de minoria golpista aqueles que apoiam o impeachment da presidente. Motivos para o impedimento há de sobra, e não há necessidade de descrevê-los. O pior cego é aquele que não quer ver, porque dessa forma ele se torna conivente com os males que afligem a sociedade e protege os que oprimem, humilham, escravizam e desrespeitam seus semelhantes. São também cegos seletivos, pois só enxergam aquilo que lhes convém! 

No Brasil, impera um regime puramente corruptocrático, que parece ter chegado ao auge do cinismo entre políticos e governantes, como se houvesse uma blindagem em torno deles e o povo nada pudesse fazer para mudar o modus operandi, ou mesmo o status quo.

Está evidente que os movimentos pelo impeachment vêm crescendo nesse início de 2015, e que eles são legítimos neste país democrático, portanto, não existe golpismo nesse movimento espontâneo que cresce a cada instante nas redes sociais da internet, e que já tem até data e hora marcadas para as manifestações de rua.

Com o processo eleitoral questionado e com auditoria dos votos em andamento, a situação da reeleição fica ainda mais complicada. O que se pretende é a confirmação dos resultados, e isso é permitido pela legislação eleitoral. 

As circunstâncias atuais denotam que o povo está tomando consciência de seu dever de cidadão, e, para demonstrar que os brasileiros estão insatisfeitos com esse governo, farão valer, na prática, os preceitos constitucionais. E o impeachment está previsto na Constituição!

A presidente já marcou um pronunciamento para logo após o Carnaval, certamente na tentativa de silenciar as manifestações e reverter a queda brusca de sua popularidade, a qual caminha para se igualar ao crescimento econômico do Brasil.

As coisas não param de piorar e o fundo do poço permanece inalcançável. Por isso, não dá para acreditar que o discurso pós-Carnaval convencerá à população, por mais que peça um voto de confiança em seu governo ou por mais que implore.

A data das manifestações por todo o Brasil vai permanecer, os protestos vão acontecer, mas só não dá para prever a quantidade de manifestantes. 
       
Celso Pereira Lara

domingo, 8 de fevereiro de 2015